postado em 12/05/2010 08:53
O confronto entre Casas Bahia e Pão de Açúcar parece caminhar para um desfecho. Abílio Diniz, presidente do conselho da rede supermercadista, garantiu que chegou a um consenso com a família Klein, dona da varejista de eletrodomésticos. As ameaças que rondavam a fusão entre as duas empresas teriam sido extintas. Segundo Diniz, os pontos mais relevantes do acordo já estariam acertados. Por meio do Ponto Frio, o Pão de Açúcar já está no comando da gestão das Casas Bahia, impondo fortemente seu modelo de gerência. Só não conseguiu acabar com os tradicionais carnês da varejista, que tinham sido suspensos devido ao elevado nível de inadimplência em vários lojas. No meio da briga, os Klein reintroduziram o sistema de pagamento, que favorece, sobretudo, os mais pobres.A disputa entre as duas partes teria chegado ao ponto de Samuel Klein, fundador das Casas Bahia, ter se entrincheirado na própria sala, na sede da empresa em São Caetano do Sul. Segundo pessoas próximas a ele, gestores do Pão de Açúcar desejavam removê-lo do local. Klein não aceitou e teria chegado a montar uma enfermaria no escritório, já que tem 86 anos e poderia necessitar de alguma assistência em função da saúde que começa a se debilitar. A assessoria de imprensa da Casas Bahia nega a história.
Para superar as divergências, Diniz aceitou várias das exigência dos Klein, pois sabe que a fusão é vantajosa para o Pão de Açúcar. Se perder o controle das Bahia terá enormes prejuízos. Pés no chão, preferiu evitar a batalha jurídica que se anunciava. ;Já que estamos mexendo em contrato, resolvemos mexer profundamente. Resolvemos não deixar nenhuma dúvida para a frente. No que era mais importante, já chegamos a um acordo e vamos superar todas as divergências;, afirmou Diniz. O Pão de Açúcar, com o Ponto Frio, lucrou R$ 126,2 milhões no primeiro trimestre deste ano.