Economia

Venezuela assina acordos milionários com Repsol e Chevron

Agência France-Presse
postado em 12/05/2010 16:08
O governo da Venezuela assinou nesta quarta-feira (12/5) acordos com dois consórcios liderados pela espanhola Repsol e pela americana Chevron para explorar petróleo em dois blocos do país sul-americano, que atrairão um investimento de até 40 bilhões de dólares.

Os dois consórcios foram vencedores em duas licitações organizadas em fevereiro para a concessão da exploração dos blocos Carabobo 1 e 3 da riquíssima Faixa de Orinoco (leste da Venezuela).

Segundo o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, o investimento será "entre 15 e 20 bilhões por projeto". A produção em cada bloco oscilará entre 400 e 480 mil barris por dia.

O presidente-executivo da Repsol, Antonio Brufau, e o presidente da Chevron para a África e América Latina, Ali Moshiri, participaram da assinatura dos acordos, na qual também esteve presente o presidente Hugo Chávez.

As empresas estrangeiras criaram, como rege a lei local, empresas mistas com a Corporação Venezuelana de Petróleo (CVP), filial da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), que ostentará 60% das participações em cada projeto.

Para conquistar esses projetos, o consórcio liderado pela Repsol teve que pagar ao Estado venezuelano um bônus de 1,05 bilhão de dólares, e o liderado pela Chevron, 1 bilhão de dólares.

"Assinamos esses convênios fazendo uso de nossa independência e soberania", disse Chávez.

O governo venezuelano, que recuperou em 2007 o controle dos recursos petroleiros, acelerou as concessões na Faixa do Orinoco e deseja finalizar neste ano a seleção de sócios estrangeiros para se concentrar na produção.

Segundo Ramírez, apenas nessa Faixa da Venezuela estima-se a produção de 4,6 milhões de barris por dia (mbd) em 2020. Para 2021, disse o ministro nesta quarta-feira, a produção total de petróleo na Venezuela será de 6,8 mbd, frente os 3,011 mbd atuais.

A Venezuela, segundo país do mundo com os maiores depósitos de petróleo, tem reservas de 211.173 milhões de barris e deseja elevá-las até os 316 mil a médio prazo.

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