Marcone Gonçalves, Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 14/05/2010 08:26
O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendini, venceu a disputa e nomeou o vice-presidente de Crédito da instituição, Ricardo Flores, para a Presidência da Previ, o fundo de pensão dos empregados do BB. O anúncio feito ontem enterra os planos de Sérgio Rosa, atual comandante da maior fundação de previdência complementar da América Latina, com patrimônio superior a R$ 142 bilhões, de fazer seu sucessor. Bendini recorreu ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que acabou endossando Flores, seu amigo, que tem bom trânsito dentro do governo por seu perfil técnico.O segundo mandato de Rosa se encerra no próximo dia 31 e ele não poderia mais ser reconduzido ao cargo. Ele lutou para fazer seu sucessor: Joilson Rodrigues Ferreira, diretor de Participações da previ. Para tanto, fez chegar ao Palácio do Planalto o argumento de que o BB deveria seguir o exemplo do próprio presidente Lula, que, na hora de trocar os ministros que foram disputar as eleições, optou por deixar no cargo secretários de cada ministério.
O presidente do BB, no entanto, não quis abrir mão de sua prerrogativa de indicar o comandante da Previ. Em princípio, escolheu Paulo Rogério Caffarelli, também vice do BB, mas o nome enfrentou resistência dentro do PT. A diretoria executiva da Previ é constituída de três diretores indicados pelo patrocinador, o BB, e três pelos associados.
Com participação em empresas como Vale, Embraer, Petrobras e o próprio BB, a Previ se transformou em um objeto de desejo dos políticos. A Presidência do fundo desperta mais interesse do que ministérios, devido aos benefícios que se podem tirar de tamanha influência ; inclusive doações para campanhas políticas.
Gigante
Patrimônio do fundo de pensão dos empregados do BB é de R$ 142 bilhões