Economia

Premiê turco vai a Grécia para fortalecer relações bilaterais

Agência France-Presse
postado em 14/05/2010 10:49
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, chegou nesta sexta-feira (14/5) a Atenas para uma simbólica visita oficial, com a intenção de marcar sua solidariedade para com o país e fortalecer a aproximação entre Ancara e Atenas.

Erdogan foi recebido no aeroporto pelo vice-primeiro-ministro grego, Theodore Pangalos. Ele será recebido pelo chefe de Estado, Carolos Papoulias, antes de iniciar as reuniões com o colega grego, Georges Papandreou.

Antes de viajar a Atenas, onde ficará até sábado, Erdogan assegurou que a Turquia se solidarizaria com a Grécia,que enfrenta uma grave crise financeira e social.

Após um almoço de trabalho, Erdogan e e Papandreou abrirão à tarde a primeira reunião de um Conselho Superior de Cooperação, que reúne 10 ministros de cada país e tem como meta a assinatura de quase 20 acordos ou protocolos de acordo.

[SAIBAMAIS]Os dois países esperam retomar a aproximação bilateral, paralisada há vários anos pelas disputas sobre a soberania no Mar Egeu ou a divisão da ilha do Chipre.

A visita à Grécia do primeiro-ministro turco é uma ;revolução; nas negociações entre os dois países vizinhos e que foram adversários durante muitos anos, comentou na quinta-feira o chanceler turco Ahmet Davutoglu. "É uma espécie de revolução. Devemos passar para outra etapa psicológica depois de décadas de hostilidades", declarou ainda.

A espetacular melhoria das relações entre a Turquia e a Rússia, seu inimigo durante a Guerra Fria, e também com a Síria, outro ex-adversário, demonstra que progressos similares podem ser feitos com a Grécia, concluiu.

Três meses depois de conquistar o poder, o primeiro-ministro grego, Georges Papandreou, convidou, em janeiro, seu colega turco para melhorar as relações bilaterais, bloqueadas desde a últíma visita oficial de Erdogan à capital grega em 2004.

Os temas de discórdia continua inúmeros e recorrentes: Chipre, os problemas de delimitação do espaço aéreo e marítimo no Mar Egeu ou a colina continental das inúmeras ilhas da região, assim como o estatuto das minorias em ambos os lados da fronteira e a chegada de imigrantes às costas gregas.

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