Economia

FMI diz que países ricos devem fazer ajuste fiscal sob pena de comprometer o crescimento

postado em 15/05/2010 16:09
As economias avançadas enfrentam o dever de reduzir a dívida pública para os níveis pré-crise e falhar nessa tarefa elevaria os custos dos empréstimos e restringiria o crescimento econômico. A conclusão é do Fundo Monetário Internacional (FMI) e consta do relatório Monitor Fiscal. Para a instituição, se a dívida governamental não for reduzida, o crescimento potencial dos países ricos pode cair em mais de 0,5% anualmente.

O Fundo calcula que, baseado nas políticas atuais, a proporção dívida-PIB (Produto Interno Bruto) nessas economias deve subir mais 20 pontos percentuais, atingindo 110% em 2015. Para reduzir o endividamento, esses países precisarão sair de 4,9% do PIB de deficit, em média, para um superavit médio de 3,8% até 2020, o que exigirá uma mistura de cortes de gastos e aumento de impostos. ;Eu estou convencido de que há muito mais que os países podem fazer para fortalecer a confiança na sustentabilidade fiscal de longo prazo sem prejudicar as perspectivas de crescimento;, disse o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn.

A instituição está recomendando a elevação da idade de aposentadoria e a melhoria da arrecadação de impostos sobre valor agregado (IVA) ; os países que não utilizam esse modelo devem adotá-lo, disse o FMI, que também aconselha subir os impostos sobre álcool, tabaco e combustível, adotar uma taxa sobre emissões de carbono e aumentar o Imposto de Renda.

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