Economia

Ministros se reúnem para tentar evitar um colapso no euro

postado em 17/05/2010 08:47

Os ministros das Finanças da Zona do Euro se reúnem nesta segunda-feira, em Bruxelas, na tentativa de encontrar uma solução definitiva para evitar o colapso da moeda comum, que continua em queda mesmo depois do anúncio de um socorro de 750 bilhões de euros (R$ 1,7 trilhão) aos países em dificuldades, entre eles, Grécia, Portugal e Espanha. As preocupações persistentes sobre a saúde econômica e orçamentária da Zona do Euro levaram os mercados financeiros ao fundo do poço na semana passada, alimentando as desconfianças em um possível calote na região.

Durante a reunião, os ministros buscarão respostas a paradoxo: como evitar que os governos que adotam medidas de austeridade para reduzir deficits e acalmar os mercados enfrentem reação negativa por parte dos investidores ante os efeitos nocivos que as medidas terão no consumo e no crescimento. O encontro terá sequência amanhã, quando os ministros das Finanças de toda a União Europeia presentes.

A moeda europeia, que atingiu o patamar mais baixo desde outubro de 2008, de 1,2355 por dólar, não recebeu apoio de Paulo Volker, conselheiro econômico do presidente americano Barack Obama. Ele acredita em uma eventual ;desintegração; da Zona do Euro. Outras informações contribuíram para essa imagem, mas foram desmentidas por fontes oficiais. Segundo os boatos, o presidente francês Nicolas Sarkozy havia ameaçado retirar a França da zona para forçar a chanceler alemã Angela Merkel a aceitar o plano de resgate da Grécia.

Arsenal


Para o presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, os mercados experimentam uma das ;situações mais complicadas desde a Segunda Guerra Mundial;. Quanto ao economista-chefe do BCE, Jürgen Stark, ele julga que o plano de ajuda ;só está ganhando tempo, nada mais;. ;Tudo ficará igual, sem reformas econômicas na Zona do Euro e sem esforços orçamentários;, declarou Stark.

Para evitar que isso ocorra, a Comissão Europeia propôs, na última quarta, um controle preliminar dos projetos orçamentários nacionais e quer instituir um arsenal de sanções profundas para os países que seguirem à regras.

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