Economia

Wall Street fecha em forte queda no pior pregão em mais de 1 ano

Agência France-Presse
postado em 20/05/2010 19:25
A Bolsa de Nova York fechou em forte baixa nesta quinta-feira (20/5), derrubada pela crise fiscal na zona do euro e por indicadores econômicos negativos nos Estados Unidos. O Dow Jones perdeu 3,60%, e o Nasdaq, 4,11%.

Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average perdeu 376,36 pontos, para 10.068,01 pontos, e o Nasdaq, composto principalmente por empresas de tecnologia, caiu 94,36 pontos, para 2.204,01 pontos.

O índice ampliado Standard & Poor;s 500 caiu, por sua vez, 3,90% (43,46 pontos), para 1.071,59 pontos.

O Dow Jones não registrava uma queda tão forte desde o início de março de 2009, e as 30 ações que compõem o índice caíram.

A maior baixa foi registrada por Bank of America (6,19%), enquanto o índice S dos papéis de bancos caiu 4,71%.

Os grandes nomes da indústria também foram afetados, como a fabricante de alumínio Alcoa (-6,03%), o fabricante de maquinários de construção Caterpillar (-4,51%), o conglomerado General Electric (-5,79%), e os grupos petroleiros ExxonMobil (-3,39%) e Chevron (-3,92%).

A fabricante de aeronaves Boeing caiu 4,85%, a 63 dólares.

Os três índices de referência situam-se agora abaixo dos níveis em que iniciaram o ano, com uma queda de mais de 10% em relação aos tetos alcançados em abril, o que os coloca tecnicamente em situação de "correção".

"É o que se vê no mercado, é o medo diante da queda muito rápida do euro e diante das consequências de divergências internas que ocorrem todos os dias na Europa", afirmou Gregori Volokhin, da Meeschaert New York.

"Há um movimento de redução do risco nos portfolios, percebe-se uma saída de tudo que for relacionado às matérias-primas e às ações, em benefício da segurança dos títulos americanos", completou.

O mercado obrigatório, refúgio do investidor inquieto, novamente subiu fortemente. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos caiu a 3,264% contra 3,359% na noite de quarta-feira, e o de títulos de 30 anos a 4,135% contra 4,237%. O rendimento das obrigações evolui no sentido oposto a seus preços.

"São os mesmos temores de alguns momentos atrás, aos quais se acrescentam as más notícias no lado dos indicadores (macroeconômicos)", considerou Peter Cardillo, da Avalon Partners.

As solicitações de seguro-desemprego voltaram a subir nos Estados Unidos pela primeira vez em cinco semanas, para 471.000. O índice dos indicadores antecedentes, que mede a tendência futura da economia americana, retroceu em abril pela primeira vez desde março de 2009.

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