postado em 21/05/2010 08:20
Cerca de 20 mil manifestantes, segundo a polícia ; mais do que o dobro desse número, segundo os sindicatos ;, protestaram na Grécia durante a quarta greve geral organizada desde fevereiro contra a reforma do sistema previdenciário e as medidas de austeridade fiscais exigidas pela União Europeia e pelo FMI para tirar o país da sua crise fiscal. Dessa vez, a manifestação contou com menos pessoas que a passeata ocorrida na greve geral anterior, de 5 de maio, quando três bancários morreram em incêndio no prédio em que trabalhavam.;Saiam, ladrões;, gritavam os manifestantes em frente ao prédio neoclássico do Parlamento, cujas escadarias estavam tomadas por tropas de choque com escudos e cassetetes. Em troca de um pacote de 110 bilhões de euros para controlar sua dívida e seu deficit público, o governo grego se viu obrigado a cortar salários, elevar impostos e propor uma reforma previdenciária, causando forte reação popular.
;Essas medidas estão destruindo tudo por que lutamos. Cadê as medidas contra o desemprego? Não fomos nós que criamos esta crise;, disse o desempregado Nikos Galiatsatos, 26 anos.
Escolas e órgãos públicos ficaram fechados e hospitais se limitaram ao atendimento essencial. Os transportes públicos foram interrompidos em Atenas, funcionando, com limitações, apenas o serviço ferroviário. Atrações turísticas, como a Acrópole, também fecharam e houve transtornos em voos domésticos. Navios foram impedidos de atracar ou zarpar no porto de Pireus.
Graças a um adiantamento de 20 bilhões de euros nos empréstimos em um total de 110 bilhões de euros em três anos, a Grécia acaba de pagar uma parte de sua dívida, que está em torno de 300 bilhões de euros. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por meio da porta-voz Caroline Atkinson, disse que as medidas adotadas pela Grécia para administrar seus problemas econômicos são apropriadas, mas levará tempo para que os mercados percebam isso.
MAIS PEDIDOS DE AUXÍLIO-DESEMPREGO
O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou inesperadamente na última semana, pela primeira vez desde o início de abril, indicando que a recuperação do mercado de trabalho pode ter encontrado um obstáculo. Mas o aumento na atividade manufatureira na região do Meio-Atlântico do país neste mês deu confiança de que a recuperação da economia continua encaminhada, ainda que o indicador de força futura tenha caído pela primeira vez em 13 meses em abril. O número de pedidos iniciais de benefícios por desemprego subiu 25 mil, para 471 mil com ajustes sazonais, o maior nível desde a semana terminada em 10 de abril, disse o Departamento do Trabalho. Os mercados esperavam uma queda para 440 mil.