Agência France-Presse
postado em 31/05/2010 13:47
A Índia, terceira potência econômica da Ásia, registrou crescimento anual levemente superior ao esperado, de 7,4% em 2009-2010, e aposta em um avanço de seu Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano de 8,5%, ritmo que se aproxima pouco a pouco ao registrado antes da crise financeira mundial.O PIB da Índia para o ano fiscal 2009-2010 fechado em 31 de março é levemente superior aos 7,2% esperados pelo governo, devido, entre outros fatores, a resultados sólidos nos setores de indústria e serviços, segundo cifras oficiais publicadas nesta segunda-feira.
O setor manufatureiro teve avanço de 10,8% em um ano, o da construção e de infraestrutura energética ganhou 6,5%, enquanto o setor de transportes e comunicações, 9,3%, segundo os dados Departamento Nacional de Estatísticas.
"Penso que o impulso econômico se manterá", comentou o ministro das Finanças, Pranab Mjerjee. Segundo o titular dessa pasta, o crescimento deverá ser de 8,5% no próximo exercício fiscal.
Contaminada pela depressão originada nos Estados Unidos e na Europa em 2008, a Índia viu seu crescimento diminuir para 6,7% em 2008-2009, seu pior rendimento em seis anos. Os três anos anteriores registravam crescimento de 9%.
O Conselho Econômico do primeiro-ministro estimou em um relatório publicado em fevereiro que a economia deverá crescer 8,2% no próximo ano fiscal e recuperar no ano seguinte sua taxa de crescimento de 9%. Posteriormente, o governo revisou a cifra para 8,5% para o exercício 2010-2011.
No último trimestre do exercício (janeiro-março), o PIB da Índia registrou um aumento de 8,6% interanual, um claro avanço em relação ao trimestre anterior (outubro-dezembro), quando o PIB subiu 6,5%, segundo dados do governo.
O PIB havia registrado avanço de 5,8% em um ano no quarto trimestre 2008-2009.
No início de fevereiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que a China e a Índia dariam uma "contribuição significativa" para a reativação econômica mundial.
A Índia, país de 1,2 bilhão de habitantes, deve, no entanto, acelerar ainda mais o ritmo de seu crescimento se desejar lutar de forma eficaz contra a pobreza e oferecer trabalho a sua jovem população, advertiu na semana passada o primeiro-ministro, Manmohan Singh, que pretende alcançar taxa de crescimento de 10%.
O governo de centro-esquerda liderado pelo Partido do Congresso, de Sonia Gandhi, enfrenta uma forte inflação, que em abril registrou 9,59% interanual.