Economia

Petróleo fecha em alta em NY e Londres sustentado por Wall Street

Agência France-Presse
postado em 02/06/2010 17:21
Os preços do petróleo fecharam em leve alta nesta quarta-feira em Londres e Nova York, ao final de uma nova sessão volátil, sustentada por um avanço de Wall Street, medidor do otimismo dos mercados financeiros.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em julho fechou em 72,86 dólares, uma alta de 28 centavos em relação à terça-feira.

No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou 1,04 dólar, indo para 73,75 dólares. "O mercado mantém-se prudente, na defensiva, inquieto ante temores que mostram que o crescimento da economia mundial se desacelera na China e na Europa", observou Tom Bentz, da BNP Paribas.

Em leve baixa na abertura, os preços recuperaram rapidamente o terreno perdido, registrando depois uma grande volatilidade. O mercado beneficiou-se do apoio de Wall Street, que evoluía claramente para a alta na segunda metade do pregão.

"O petróleo é a matéria-prima mais ligada à Bolsa", lembrou o analista independente Ellis Eckland. "A Bolsa está em alta, isso significa um maior interesse dos investidores nos ativos arriscados (os mais sensíveis à conjuntura)", nas matérias-primas, e uma grande confiança nas perspectivas econômicas.

Mas "vê-se claramente que o dinheiro foi retirado das matérias-primas" atualmente, acrescentou, explicando a razão de o petróleo ter subido levemente, ainda que as bolsas evoluíssem em forte alta.

Segundo o analista, o mercado do petróleo, centrado nos "temores macroeconômicos", "ignora o que ocorre no Golfo do México: a maré negra que se estende, a moratória sobre a exploração, que poderia ser prolongada, tudo isto leva à alta a longo prazo".

As autoridades americanas decidiram suspender por seis meses a exploração marítima, quando a produção "off-shore" representa um terço do total do país. Os analistas temem ainda que a catástrofe traga uma regulação mais estrita, que torne as operações mais caras.

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