O Dow Jones Industrial Average recuou 324,06 pontos, a 9.931,22 unidades, voltando ao nível de 8 de fevereiro.
O Nasdaq, de alto componente tecnológico, cedeu 83,86 pontos, a 2.219,17, e o índice ampliado Standard & Poor;s 500 perdeu 3,44% (37,95 pontos), a 1.064,88 unidades. "Todos esperavam com otimismo os números sobre o emprego, mas o que ocorreu foi exatamente o contrário", disse Mace Blicksilver, da Marblehead Asset Management.
A economia americana teve um saldo positivo de 431 mil empregos em maio, o número mais elevado desde março de 2000, mas os analistas esperavam um resultado muito melhor. "São as melhores cifras que registramos em muito tempo, mas quando nos damos conta de que o crescimento no setor privado foi fraco (...) fica a impressão de que faltou algo", disse Lindsey Piegza, do FTN Financial.
O setor privado criou apenas 41 mil empregos, cinco vezes menos que no mês anterior, e a alta deve-se ao setor público, incluindo muitos cargos temporários. "É uma decepção, todo mundo foi pego de surpresa", disse Gregori Volokhine, da Meeschaert New York, lembrando que o mercado "antecipava bons resultados".
"Não é um número negativo, ele não questiona o cenário de recuperação, mas a reação parece muito mais lenta que o esperado, e isto assusta", disse Volokhine.
Outra má notícia para os investidores é a volta da preocupação dos mercados diante da crise fiscal na zona do euro, o que fez cair o euro abaixo de 1,20 dólar hoje, algo inédito desde 2006.
Refúgio dos investidores, o mercado de obrigações subiu: o rendimento dos bônus do Tesouro a dez anos retrocedeu a 3,195%, contra 3,379% na noite de quinta-feira. Os papéis a 30 anos fecharam a 4,119%, contra 4,288% na véspera.