Marcone Gonçalves
postado em 09/06/2010 07:50
Para enfrentar a quebra da patente do Viagra, seu principal produto contra a disfunção erétil, a Pfizer anunciou ontem ações agressivas a fim de evitar o encolhimento no número de clientes e no faturamento no mercado brasileiro, que movimenta, por ano, cerca de R$ 500 milhões com a venda de 17 milhões de comprimidos. O objetivo da companhia é reduzir as perdas com a chegada dos genéricos nas prateleiras das farmácias de possíveis 70% para, no máximo, 40%.A principal medida que será adotada pela gigante farmacêutica americana atingirá a parte mais sensível do consumidor: o bolso. O preço do remédio deve cair pela metade, o que dará condições da pílula azul disputar clientes com os genéricos. Outra estratégia adotada pelo laboratório incluirá o lançamento do medicamento em embalagem com um único comprimido de 50mg. Segundo a empresa, cada comprimido custará, em média, R$ 15.
A chegada da concorrência só não significará um tombo maior para o laboratório por causa do desempenho da economia brasileira. ;Estamos apostando no crescimento do mercado, que pode duplicar ou triplicar nos próximos anos. Com isso, poderemos vender um pouco mais que o volume atual;, explica Adilson Montaneira, diretor da Unidade de Negócios de Produtos Estabelecidos da Pfizer Brasil. De acordo com ele, as vendas serão puxadas pela nova classe média, os 31 milhões de brasileiros que ingressaram na classe C desde 2003.