Agência France-Presse
postado em 10/06/2010 16:51
Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira em Nova York e Londres, terminando acima dos 75 dólares, em um mercado sustentado por bons números das exportações chinesas e da revisão para mais realizada pela AIE.No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em julho fechou em 75,48 dólares, em alta de 1,10 dólar em relação à quarta-feira.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril do Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou 1,02 dólar, indo para 75,29 dólares.
"O mercado foi impulsionado por indicadores econômicos que mostram um aumento significativo das exportações chinesas. Os investidores estimam que isso se traduzirá em uma maior demanda de petróleo", explicou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
Os números oficiais de exportações publicadas por Pequim, em alta de 48,5% em maio em relação ao mesmo mês de 2009, confirmam a explosão de vendas ao exterior que os investidores haviam antecipado na véspera, com base em informações da imprensa.
"Isso mudou o humor do mercado, que estava muito preocupado com a economia chinesa", explicou Phil Flynn, da PFG Best Research. Os investidores temiam que a economia chinesa tivesse sido afetada pela crise europeia e estavam inquietos com a intenção do governo chinês de desacelerar o crescimento, a fim de evitar um reaquecimento da economia.
No que se refere ao consumo, a Agência Internacional de Energia (AIE) revisou em leve alta sua previsão de demanda mundial de petróleo para 2010, em 60 mil barris diários, para 86,4 milhões de barris diários.
"Seria um número recorde da demanda no mundo. A visão geral da AIE sobre a demanda quase se estabilizou nos últimos meses, uma marca de melhoria percebida como de alta", disse Andy Lipow.
Por outro lado, o euro superou 1,21 dólar nesta quinta-feira, sinal de uma redução da pressão sobre os mercados e de um maior interesse pelo tipo de ativos mais arriscados. Paralelamente, a debilidade do dólar leva alguns investidores às matérias-primas, cotadas na moeda americana, a fim de se proteger da desvalorização de seus ativos, afirmou Lipow.