postado em 13/06/2010 07:17
; Gabriel CaprioliEnviado especial
São Paulo ; O forte crescimento do mercado de trabalho brasileiro tem oxigenado o segmento de cursos profissionalizantes e aumentado a projeção de expansão do setor para este ano. Entre os estabelecimentos do ramo educacional que utilizam o sistema de franquia, a expectativa é de avanço de 34% no faturamento em 2010, mais do que o dobro do esperado para a média de outros ramos (16%), segundo dados da Rizzo Franchise, empresa de pesquisas que analisa o segmento.
;As pessoas querem estar preparadas para ocupar as vagas que sabem que aparecerão;, analisa Gustavo Pierini, gerente de Novos Negócios do grupo Microlins, que administra franquias ligadas à qualificação profissional e foi arrematado pela Wizard. A procura por capacitação é feita por públicos de várias idades, mas ainda é liderada por jovens prestes a ingressar no mercado de trabalho. ;Essa sempre foi a mensagem que queríamos vender: de que era preciso estar preparado. Hoje, no entanto, tal percepção está mais espontânea no público;, destaca.
O grande pilar de sustentação do segmento, atualmente, está apoiado nos mesmos fatores que impulsionam o resto da economia: o aumento da renda das camadas mais pobres da população e os investimentos no mercado doméstico, que elevam a necessidade de mão de obra qualificada. A área de serviços, que absorve grande parte dos profissionais recém-qualificados, é a campeã em criação de empregos com carteira assinada no país. Do quase 1 milhão de postos abertos entre janeiro e abril deste ano, 346,4 mil foram no setor.
De olho no grande volume de novos estudantes, as escolas passaram a diversificar o conjunto de cursos oferecidos a custos menores para atrair o público de menor poder aquisitivo. A Mais Cursos Interativos é uma dessas empresas. Ela utiliza um sistema computadorizado, no qual o aluno vai até a unidade de acordo com a conveniência de horário e estuda sozinho, com o auxílio de apenas um monitor. ;É um método que não nos obriga a manter vários professores e nos permite democratizar a qualificação profissional, com cursos a partir de R$ 49,90 por mês;, explica Patrícia Valente, sócia da rede de franquias.
Os preços mais acessíveis (em relação ao custo de faculdades regulares), aliados ao menor prazo para o término do curso e, portanto, à possibilidade de ingressar mais rapidamente no mercado de trabalho são os ingredientes que garantem o crescimento dos cursos profissionalizantes. De acordo com pesquisa apoiada pela Fundação Getulio Vargas (FGV-RJ) e pelo Instituto Votorantim, até março deste ano, 22,05% da população em idade ativa tinham concluído cursos dessa natureza. Até março de 2004, o percentual não passava de 12,56%.
O repórter viajou a convite da Alshop