Economia

Governo demitirá servidores públicos aprovados em concursos fraudados

postado em 16/06/2010 14:40

Brasília - Os funcionários públicos federais que foram admitidos por concursos públicos fraudados vão ser demitidos, segundo informou nesta quarta-feira (16/6) o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.


Os seis primeiros foram identificados em uma operação da Polícia Federal que investiga fraudes nos concursos e a forma como elas são feitas.


Paulo Bernardo foi procurado hoje pelo diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, para relatar as irregularidades identificadas nas investigações e comunicar sobre a operação que está sendo feita.


;No caso desses que estão sendo apontados pela Polícia Federal, o diretor já me disse que vai demitir seis e também vamos pedir a mesma medida para os que entraram com liminar no serviço público. O diretor me informou que já tem gente pleiteando até trabalhar em áreas estratégicas do governo. A pessoa não quer trabalhar no serviço público, que fazer maracutaia;, enfatizou.

Paulo Bernardo disse que o Ministério do Planejamento aguarda o fim das investigações para revisar as regras dos concursos. Segundo ele, não é admissível concurso público vulnerável, sujeito a fraude. O ministro informou que o governo acreditava que vinha agindo de maneira correta no que diz respeito aos concursos, mas as investigações estão mostrando que há falhas.

;Vamos ouvir os investigadores. Por enquanto, eles não podem dar informações, já que estão fazendo as investigações, porque poderia ter vazamento. A Polícia Federal tem que tomar providências e prender. Nós temos que tomar medidas para que isso não ocorra mais. A PF está de parabéns. Eles estão pegando uma coisa onde não havia sinais claros do que acontecia;.

[SAIBAMAIS]Pelas investigações, candidatos usaram aparelhos eletrônicos monitorados de fora do local onde faziam as provas, para obter as respostas das questões. E mesmo no curso de formação, existia assessoria externa, com pessoas passando informações.

Quanto às admissões com liminares, o ministro afirmou que a Justiça tem que rever os processos para evitar que um fraudador entre para a máquina pública. ;Com certeza não ajuda a melhorar o serviço público. Quem quiser entrar no serviço público tem que entrar por mérito. Não pode ser por fraude;.

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