Economia

Europa testa bancos

Resultado da avaliação das 25 maiores instituições europeias será divulgado no próximo mês

postado em 18/06/2010 10:39
Os líderes europeus concordaram ontem em divulgar o resultado dos testes de estresse para os grandes bancos no próximo mês e em endurecer gradualmente as regras fiscais da União Europeia com o objetivo de restabelecer a confiança no euro.

;Nós concordamos que os testes de estresse dos bancos serão publicados o mais tardar na segunda quinzena de julho;, disse o presidente da UE, Herman van Rompuy, depois da reunião de um dia de líderes da UE. A chanceler alemã Angela Merkel afirmou que a intenção era a de revelar os resultados de cada banco e que os ministros das Finanças da UE iriam trabalhar os detalhes nas próximas semanas.

Reforçando a fala de Merkel, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, acrescentou: ;Há uma decisão de realizá-los em todos os países, instituição por instituição;.

Os testes abrangerão os 25 maiores bancos da UE. Os resultados, no entanto, apenas parcialmente devem tranquilizar os investidores, já que crescem as preocupações quanto a possíveis problemas em instituições de pequeno porte.

As autoridades alemães estavam céticas quanto a liberar os resultados dos testes de estresse para seus bancos, que foram duramente atingidos pela crise financeira mundial, além de terem bilhões de euros em dívida grega. A Alemanha só voltou atrás depois que a França e a Espanha defenderam firmemente a medida.

Ontem mesmo o Fundo Monetário Internacional (FMI) solicitou que os bancos europeus fornecessem mais informações sobre suas exposições à dívida soberana. ;Mais transparência e uma comunicação melhor podem ajudar na avaliação do mercado sobre o sistema financeiro francês;, informou o FMI, em comunicado sobre a economia da França, segunda maior economia da Zona do Euro, só atrás da Alemanha. ;As autoridades e o mercado estão altamente preocupados que alguns tipos de testes de estresse ; particularmente aqueles que salientam riscos soberanos ; poderiam contribuir para um aprofundamento da crise.;

Sucesso
Os investidores voltaram a se interessar por títulos da dívida da Espanha e da França. A Espanha vendeu 3,5 bilhões de euros em bônus, diminuindo as preocupações de que o país poderia enfrentar uma crise similar à da Grécia, mas pagou prêmio maior e alimentou dúvidas sobre por quanto tempo ainda conseguirá se financiar.

Uma fonte do Ministério da Economia disse que o Tesouro espanhol não precisa vender mais bônus para honrar o vencimento de dívida de 24 bilhões de euros (US$ 29,43 bilhões) em julho. Já a França vendeu quase 8 bilhões de euros em dívida de curto prazo e 1,8 bilhão de euros em bônus protegidos da inflação, perto do teto da quantia planejada.

Desemprego na Grécia
A taxa de desemprego da Grécia subiu para 11,7% no primeiro trimestre, nível máximo em 10 anos. No fim do ano passado a desocupação alcançou 10,3%, de acordo com informação da agência de estatísticas do país. No mesmo período do ano passado, a taxa de desemprego grega foi de 9,3%. Nos 16 países da Zona do Euro, a taxa média de desemprego subiu para 10,1% em abril, o maior nível em quase 12 anos. Em março, o índice foi de 10%, de acordo com dados recentes da Eurostat.

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