postado em 21/06/2010 17:53
Ao prever investimentos de US$ 224 bilhões nos próximos cinco anos, média de US$ 44,8 bilhões ao ano, o Plano de Negócios 2010-2014 anunciado nesta segunda-feira (21/6) pela Petrobras objetiva dobrar o tamanho da empresa nos próximos dez anos, elevando a produção diária de petróleo e gás da companhia no Brasil e no exterior para 5,4 milhões barris correspondentes (contra os atuais 2,7 milhões de barris).A informação foi dada pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, ao destacar as principais características embutidas no novo Plano de Negócios, apresentado ao mercado nesta segunda-feira (21). Do montante aprovado, que representa um aumento de 20% em relação ao plano anterior, US$ 31,6 bilhões são referentes a novos projetos, dos quais 62% ( 19,7 bilhões) dedicados para a área de Exploração e Produção (E).
;O novo plano mantém as metas de crescimento para a companhia, incluindo os recursos necessários para a exploração e o desenvolvimento das descobertas já licitadas do pré-sal. A nossa intenção é, além de aumentar a produção, ao mesmo tempo aumentar também as reservas, o que justifica a concentração de recursos na atividade de E;.
No total, o segmento de E receberá investimentos de US$ 118,8 bilhões, 14% a mais em relação ao Plano de Negócio 2009-2013. Na avaliação de Gabrielli, esse dinheiro vai ;garantir a descoberta e a apropriação de novas reservas, além de desenvolver a produção do pré-sal da Bacia de Santos e viabilizar a intensificação dos esforços exploratórios nas outras áreas do pré-sal e em novas fronteiras no Brasil e no Exterior;.
Para o pré-sal, a estatal prevê investimentos de US$ 33 bilhões, dos quais 83% (US$ 25,8 bilhões) serão destinados ao desenvolvimento da produção e US$ 4,3 bilhões (14%), ao de exploração. Os dados indicam, ainda, que para a área do pós-sal estão previstos recursos que totalizam US$ 75,2 bilhões, sendo 67% (US$ 52,1 bilhões) para o desenvolvimento da produção e 18% (US$ 13,7 bilhões) para a área de exploração.
O segmento Refino, Transporte e Comercialização (segunda maior área em investimentos) deve receber US$ 73,6 bilhões. Neste caso, a empresa manteve a estratégia de expandir a capacidade de refino, buscando o equilíbrio com o crescimento da produção de petróleo, adequando as refinarias para atender aos níveis de qualidade dos produtos e ao crescimento do mercado interno.