Economia

Petróleo fecha em baixa em NY; cresce temor sobre economia

postado em 22/06/2010 17:23
Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira em Nova York, depois que o impulso dado pela decisão chinesa de flexibilizar a evolução de sua moeda esgotou-se rapidamente, com o aumento dos temores em relação à economia.

No New York Mercantile Exhange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em julho terminou em 77,21 dólares, em queda de 61 centavos em relação à segunda-feira, em seu último dia de cotação. O contrato para entrega em agosto retrocedeu 71 centavos, para 77,90 dólares.

No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em agosto caiu 78 centavos, para 78,04 dólares. "Expectativas de estoques em alta nesta semana, um fator legal que parece indicar menos perturbações sobre a oferta de petróleo, indicadores econômicos medíocres: tudo isso pesou sobre os preços hoje", explicou Jason Schenker, da Prestige Economics.

Com efeito, os investidores esperavam que os estoques de produtos petroleiros tivessem aumentado na semana passada nos Estados Unidos, em 1,3 milhão de barris no caso dos destilados (diesel e combustível para calefação), segundo os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires, e em 300.000 barris no caso da gasolina, quando a temporada de longas viagens de verão chega a seu apogeu no país.

No entanto, as reservas caíram 800.000 barris. Antes do fim da sessão, o mercado tomou conhecimento da decisão de um juiz de Louisiana, que anulou a moratória sobre a prospecção em águas profundas do Golfo do México. A Casa Branca anunciou imediatamente que apelará da decisão.

Os investidores inquietam-se com as consequências no longo prazo de tal moratória para a produção americana de petróleo.

Por outro lado, os temores sobre a economia não desapareceram totalmente. Nos Estados Unidos, a venda de imóveis usados caiu em maio, contra todas as previsões, enquanto na Europa o setor financeiro ficou em alerta depois da redução da nota do banco francês BNP Paribas por parte da agência Fitch.

Esses fatores contribuíram para ofuscar rapidamente o crescente otimismo suscitado pela decisão da China de flexibilizar a cotação do iuane, continuando a reforma de seu sistema cambiário.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação