postado em 26/06/2010 08:35
A produção industrial voltou a crescer em maio, contrariando as expectativas do governo de que a economia já havia começado a desacelerar no segundo trimestre. Em maio, o indicador de atividade apurado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) registrou 54,9 pontos, em uma escala de 0 a 100, na qual os valores acima de 50 indicam expansão.Na avaliação do gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o conjunto dos dados ainda aponta expansão constante na economia, mas em um ritmo menos intenso. Em março, o mesmo indicador era de 62,9 pontos, recuando para 51 em abril. Esse vaivém, segundo ele, indica um movimento de ajuste das empresas a um nível considerado normal. ;O crescimento vai se manter. Nem o governo espera o contrário. O que observamos, no entanto, é um desempenho em conformidade com a capacidade instalada e a quantidade de estoques;, afirmou.
A utilização da capacidade instalada verificada no mês passado foi muito próxima da usual (50,3 pontos) e os estoques efetivos registraram 49,7 pontos, o que também demonstra sintonia com as quantidades planejadas pelas empresas. Segundo Fonseca, o levantamento evidencia ainda que a expansão da economia está difundida nos diversos segmentos de produção. ;Sabemos que a economia não segue exatamente uma linha reta. Mas, quando olhamos os cinco meses do ano, vemos a indústria crescendo ainda, sem gerar gargalos;, reforçou.
Se depender das expectativas dos empresários, a economia deve continuar em franca aceleração. A sondagem da CNI mostra que, quando
olham para os próximos seis meses, os executivos estimam aumento na demanda. Esse indicador registrou 63,4 pontos, valor superior à média histórica de 59,4 pontos. No que diz respeito às compras de matérias-primas, o índice registrou 61,7 pontos, também acima dos 55,6 da média.