Economia

Países ricos confirmam entendimento sobre planos de redução de déficit público

postado em 26/06/2010 11:32
Brasília - A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que existe um "entendimento mútuo" entre os países europeus e os Estados Unidos a respeito dos planos para redução do déficit. Segundo Merkel, o acordo reúne os países que integram o G8 (Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Inglaterra, Itália, Japão e Rússia). A chanceler participa das discussões do G20 (grupo das maiores economias do mundo, incluindo alguns emergentes, como o Brasil) que ocorrem no Canadá.

A reunião dos líderes do G8, o grupo dos países mais industrializados do mundo, foi encerrada na noite de ontem (25) em Huntsville, a 215 quilômetros de Toronto. Neste fim de semana, em Toronto, há uma outra etapa de negociações referentes ao G20. As informações são da BBC Brasil. "Deixei claro que precisamos de crescimento sustentável e este crescimento e as medidas inteligentes de austeridade não precisam ser contraditórios", disse a chanceler alemã.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse estar preocupado com os cortes orçamentários profundos anunciados por países europeus. Mas Merkel assegurou que há ;muitos pontos em comum; entre Obama e os líderes europeus. "A discussão não foi polêmica, havia muito entendimento em comum", disse a chanceler.

Antes de embarcar para o Canadá, Obama disse que as economias do mundo atual estão "intrinsecamente ligadas". Por isso, na opinião dele, os países que integram o G-20 devem trabalhar juntos para promover o crescimento econômico.

"Neste fim de semana, em Toronto, eu espero que possamos avançar ao coordenar nossos esforços para promover o crescimento econômico, para buscar a reforma do sistema financeiro e para fortalecer a economia global", disse Obama, que participou do encontro do G8.

Na semana passada, Obama enviou carta aos líderes do G20. Nela expressou as preocupações que tem, como eventuais ameaças à retirada dos programas de estímulo à economia muito rapidamente. "É crucial que o momento e o ritmo da consolidação de cada economia se ajustem às necessidades da economia global, à demanda do setor privado e às circunstâncias nacionais", defendeu na correspondência.

Porém os europeus afirmam ser necessário adotar medidas para conter o déficit. O presidente do Conselho Europeu, Heman van Rompuy, já disse que "a restauração da confiança nas políticas orçamentárias anda de mãos dadas com as estratégias eficazes de crescimento".

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