postado em 27/06/2010 11:25
Representando o Brasil nas reuniões do G20 (que reúne os países mais ricos e alguns em desenvolvimento), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a consolidação da economia mundial não pode custar o esforço e a penalização dos países emergentes. ;Os países exportadores não podem fazer os ajustes às nossas custas;, disse ele. ;Não sou contra os ajustes, mas agora é desejável que os países emergentes não carreguem nas costas a retomada do crescimento [econômico].;Os líderes mundiais concluem hoje (27) os debates do G20 e vão divulgar um comunicado conjunto com metas e recomendações. O ponto principal desta declaração são as medidas sugeridas para garantir a solidez da economia em meio a ameaças de recrudescimento da crise financeira internacional.
Segundo Mantega, o Brasil e outros países emergentes cumpriram a lição de forma correta, garantindo ações internas que impediram a contaminação de crises. O ministro afirmou que o Brasil deve reduzir o déficit nominal (que inclui o pagamento de juros) em alguns pontos percentuais até 2016. Segundo ele, a partir desta data, também deve haver uma redução da dívida externa até que atinja níveis estáveis.
O ministro reiterou que são os países emergentes que estimulam o crescimento mundial, exercendo o papel de ;puxadores; da economia. ;Os países avançados é que estão retardando o crescimento econômico;, afirmou ele.
Porém, Mantega elogiou as últimas medidas adotadas pelos governos da Grécia, da Espanha e de Portugal para combater os efeitos da crise e impedir o agravamento da situação. Segundo ele, o G20 ocorre em um momento melhor do que há alguns meses. ;A economia mundial está se recuperando, mesmo na União Europeia há recuperação;, disse ele.