postado em 28/06/2010 08:08
Toronto, Canadá ; A polícia canadense precisou usar, pelo segundo dia consecutivo, gás lacrimogêneo para controlar os manifestantes que protestavam contra o G-20. Novas prisões foram feitas, o que elevou a contagem dos detentos para 600 pessoas. Os últimos confrontos ocorreram quando centenas de manifestantes marcharam em direção a um centro de detenção temporária criado para abrigar os ativistas presos no sábado, quando as manifestações se tornaram violentas pela primeira vez e a polícia precisou lançar mão das bombas de gás.
Uma testemunha da Reuters que estava em frente a antigo estúdio de cinema, na zona portuária de Toronto, e que a polícia está usando para deter os manifestantes, disse que ouviu uma explosão alta e depois viu nuvens de fumaça se formando antes que a polícia avançasse, dispersando a multidão.
Véspera
A violência do fim de semana começou no sábado à tarde, depois que grupos de anarquistas mascarados saíram de uma grande manifestação pacífica contra a reunião do G-20. Os ativistas, muitos vestidos de preto, quebraram vitrines de lojas e bancos e atearam fogo em carros da polícia, em um protesto que só foi controlado com o uso de gás lacrimogêneo e prisões em massa.
Diante dos problemas vividos na véspera, um porta-voz da polícia declarou logo pela manhã: ;Hoje, estamos preparados para mais do que vimos ontem. Mas gostaríamos de ver manifestações mais pacíficas.;
Os manifestantes, por sua vez, disseram que a polícia estava sendo dura, usando táticas que instigam a violência ao invés de sufocá-la.
As detenções, no domingo, vieram rápido. Entre os detidos, com acusações que variaram de corrupção a agressão contra policiais, estavam quatro pessoas que entraram no sistema de esgoto e saíram perto da zona bloqueada onde estavam os líderes mundiais. Outras cerca de 70 pessoas também foram detidas depois que a polícia invadiu o campus da Universidade de Toronto. A polícia disse que apreendeu armas, incluindo tijolos, pedras e paus.