postado em 29/06/2010 17:41
Brasília ; A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve fraco desempenho nesta terça-feira (29/6) e encerrou o pregão com queda de 3,50%, aos 61.977 pontos, em razão, principalmente, da divulgação de dados econômicos mais fracos do que os inicialmente revelados para a economia chinesa, no mês de abril.A frustração de crescimento na China já provocara impacto negativo nos mercados acionários da Europa, em função da defasagem horária e da própria tensão nos países europeus, por causa da adoção de medidas fiscais que realimentaram preocupações econômicas na Zona do Euro.
A Bovespa foi afetada também pela queda acentuada nos preços das principais commodities e pela redução da confiança do consumidor norte-americano na recuperação da economia local, tendo em vista os baixos índices de geração de empregos nos Estados Unidos. Some-se a isso o fraco desempenho do superávit primário do Brasil, no mês de maio.
A queda foi generalizada nas principais bolsas de ações do mundo, começando pelo Shangai Composite, principal índice acionário chinês, que caiu 4,27% e desceu ao menor patamar dos últimos 14 meses, e o efeito se alastrou pelas maiores bolsas da Ásia, com reduções de 1,27% em Tóquio e de 1,03% em Taiwan, dentre outras.
A onda de pessimismo atingiu as bolsas da Europa, onde o FTSEurofirst 300, que engloba as principais ações do Velho Continente, terminou o dia com baixa de 3,01%, puxada pelas ações do setor financeiro, com destaque para os bancos Barclays, BNP Paribas, Société Générale e Crédit Agricole com perdas acima de 6% no dia.
A maior queda, na Europa, foi registrada pela Bolsa de Madri, que retrocedeu 5,45%, seguida por Milão (-4,44%), Paris (-4,01%), Frankfurt (-3,33%), Londres (-3,10%) e Lisboa (-2,67%).
Na América, a crise de confiança derrubou também as bolsas de Nova York (-2,65%), Buenos Aires (-4,32%) do México (-3,38%) e do Chile (-1,02%).
Dólar em alta
Em movimento contrário, o dólar voltou a subir nesta sessão. A moeda norte-americana comercial fechou o dia valendo R$ 1,809 na compra e R$ 1,811 na venda, alta de 1,57% ante o último fechamento. No mês, o dólar acumula queda de 0,55% e, no trimestre, já sobe 1,68%.