postado em 04/07/2010 11:07
Ilha do Sal (Cabo Verde) 0 A Petrobras poderá fazer prospecção de petróleo em Cabo Verde. Em visita ao país, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que pedirá à direção da empresa que inicie as conversas com o governo cabo-verdiano.
"Queremos expandir a Petrobras para que ela possa fazer estudos em outros lugares, sobretudo em águas profundas. Conversei com o primeiro ministro e Cabo Verde tem interesse em fazer estudos em suas águas", disse Lula em pronunciamento conjunto com o primeiro ministro de Cabo Verde, José Maria Neves.
O presidente Lula disse que assim que regressar ao Brasil após sua viagem a seis países da África, conversará com a direção da empresa. "Eu assumi compromisso de, regressando ao Brasil, conversar com a direção da Petrobras para que venha gente aqui fazer uma primeira conversa com autoridades de Cabo Verde para ver as possibilidades".
Segundo Lula, a atuação da Petrobras em Cabo Verde deverá ser feita com transferência de tecnologia em exploração em águas ultraprofundas, área em que a Petrobras tem excelência no mercado mundial. "Nós não vamos abdicar da política de solidariedade. Vamos partilhar o conhecimento que nós temos com os outros países", afirmou.
"O Brasil está vivendo um momento muito especial com perspectiva de exploração de exploração em águas ultraprofundas, na chamada camada pré-sal. Há o compromisso de investir US$ 224 bilhões até 2014 na construção de sondas, navios, pesquisa e expedições", disse.
José Maria Neves, por sua vez, demonstrou entusiasmo com a possibilidade da empresa atuar em Cabo Verde. "Há indicações de que pode haver petróleo em Cabo Verde em águas ultraprofundas, petróleo e gás", disse o primeiro ministro.
Neves ainda ressaltou que é estratégico para Cabo Verde ter o domínio do mar e das riquezas provenientes do mar do arquipélago. "Nós queremos cooperar com o Brasil para realizar os estudos técnicos necessários para saber se há recursos petrolíferos ou gás aqui em Cabo Verde. Essa é uma área fundamental de cooperação", disse o primeiro-ministro.