O preço da cesta básica no mês de junho caiu em 16 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo a pesquisa mensal, as maiores reduções ocorreram em Manaus (5,14%), Rio de Janeiro (5,08%) e Vitória (4,83). Apenas em Goiânia a cesta básica registrou aumento de preços, com alta de 5,22%. O feijão é o responsável pela maior parte desta variação.
No Distrito Federal foi registrada a menor variação mensal. A queda foi de 1,23%. Em nove cidades a queda foi superior a 3% e em outras três, ficou entre 2% e 3%.
Arroz registra forte alta no DF
Principal item do prato do brasileiro, o arroz registrou forte alta no DF, com aumento de 16,42% seguido do leite, com alta de 14,92% e o açúcar, com alta de 11,22%. Já a batata registrou a maior queda entre as capitais pesquisadas, com baixa de R$ 31,06%, seguido de Porto Alegre, onde a queda registrada foi de 30,18%.
O feijão apresentou aumento em dez cidades, com destaque em Goiânia, Aracaju e Natal, com altas de 35,87%, 29,94% e 8,27%, respectivamente. Nas outras sete localidades, os aumentos ficaram entre 5% e 1,3%. Nas cidades onde o produto ficou mais barato, as variações ficaram entre -0,3% (Curitiba) e -6% (Porto Alegre).
Cesta Básica X Salário Mínimo
Tomando São Paulo por base, os pesquisadores calcularam que o brasileiro teve que trabalhar, em média, 94 horas e 56 minutos para ganhar os R$ 249,06 necessários à aquisição dos itens considerados essenciais: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga. Menos tempo, portanto, do que as 97 horas e 39 minutos registradas em maio deste ano. Mas ainda acima das 90 horas e 14 minutos que o trabalhador cumpria no mesmo período avaliado do ano passado para adquirir os mesmos itens da cesta básica.