Agência France-Presse
postado em 14/07/2010 15:52
O Federal Reserve (Fed) - o banco central americano - está menos otimista sobre as perspectivas para o crescimento e para o emprego nos Estados Unidos, e vislumbra novas medidas de apoio à economia, indicam as atas da reunião de política monetária de junho, divulgadas nesta quarta-feira (14/70.[SAIBAMAIS]O Fed revisou para baixo a previsão de crescimento para os Estados Unidos em 2010, para 3% a 3,5%, contra 3,2% a 3,7% estimados em abril passado. Como consequência, também estimou que o desemprego será reduzido a um ritmo mais lento que o atencipado, estabelecendo uma projeção de 9,2% a 9,5% para o fim de 2010 e uma melhora posterior.
Para o fim de 2011, prevê desemprego entre 8,3% e 8,7% (antes a previsão era de 8,1% a 8,5%) e para o fim de 2012, entre 7,1% e 7,5% (contra 6,6% e 7,5%). "Os participantes da reunião interpretaram as estatísticas sobre o mercado de trabalho como compatíveis com a previsão de uma recuperação gradual", destacaram as atas.
"Também afirmaram que várias incógnitas, incluindo as reformas legislativas e os acontecimentos sobre os mercados financeiros mundiais, geraram um nível elevado de prudência que poderá fazer certas empresas adiarem as contratações e gastos com investimentos previstos", continuaram. Essa degradação das perspectivas fazem com que o Fed vislumbre a possibilidade de voltar a tomar medidas de apoio à economia, ressaltaram.
Os diretores indicaram "que além de continuar concebendo e submetendo a testes instrumentos que permitam sair do período de política monetária flexível, o comitê terá a necessidade de examinar se as novas medidas de apoio poderão ser oportunas caso as perspectivas piorem sensivelmente".
Tais medidas não são garantidas,uma vez que o Fed emprega o condicional. E, completaram: "em resumo, as mudanças aportadas às perspectivas são consideradas relativamente limitadas e não justificam a flexibilização da política (monetária) além da vigente".
Mas "a persistente fragilidade do mercado de trabalho poderá ser um peso na confiança dos consumidores enquanto os lares continuam consolidando suas finanças. Esses dois fatores poderão minar os gastos de consumo de agora em diante", destacou o Comitê de Política Monetária (Fomc, da sigla em inglês).
A reunião do comitê de política monetária de 22 e 23 de junho manteve a taxa básica de juros próximo de zero, com o objetivo de estimular ao máximo o crédito e a atividade econômica.