Agência France-Presse
postado em 15/07/2010 16:16
As companhias aéreas precisarão de 30,9 mil aviões novos avaliados em US$ 3,6 bi até 2029 para responder a um aumento da demanda liderada essecialmente pela Ásia, informou nesta quinta-feira (15/7) em Londres a fabricante americana de aeronaves Boeing.A publicação desses dados ocorre em um momento em que a indústria se prepara para a feira de aeronáutica bianual de Farnborough, sul de Londres, que começa na segunda-feira e na qual se espera que sejam anunciados diversos pedidos.
"Vemos uma demanda total de 30.900 aeronaves avaliadas em 3,6 bilhões de dólares" até 2029, declarou o chefe de marketing da Boeing, Randy Tinseth, ao apresentar na capital britânica as perspectivas anuais do grupo. "Em 2009, o mercado mais importante foi o das viagens dentro da América do Norte, seguido de perto pela região Ásia-Pacífico", completou.
"Mas se nos projetarmos nos próximos 20 anos, com base em nossas taxas de crescimento, o panorama da aviação mudará claramente. O mercado Ásia-Pacífico será o maior do mundo, seguido por América do Norte e depois, por Europa", disse Tinseth.
A Boeing, que há 20 anos apresenta suas perspectivas em Londres, estimou no ano passado que a aviação civil mundial necessitará de 29.000 aviões até 2008, e os avaliou em 3,2 bilhões de dólares.
A empresa americana também estimou nesta quinta-feira que a frota mundial praticamente dobrará para 36,3 mil aviões em 2029, comparados aos aproximadamente 18,9 mil do ano passado, e que a maioria dos aviões novos serão de um corredor. "A demanda no mercado de aviões de um corredor é claramente impulsionada pelo crescimento das companhias aéreas de baixo custo", disse Tinseth.
A China, por exemplo, necessitará provavelmente de 4 mil novos aviões nas duas próximas décadas, a maioria dos quais será de um corredor.
A Boeing estimou que até 2029 a economia mundial crescerá uma média anual de 3,2%.
Tinseth completou que, para 2029, cerca de 43% de todo o tráfico aéreo mundial será para a região de Ásia-Pacífico, contra um terço atualmente. Outro "mercado sólido" será o Oriente Médio, enquanto que os mercados da América do Norte e da Europa "verão uma demanda substancial de aviões para substituição" à medida que os aparelhos mais antigos forem retirados.
A companhia afirmou também que o tráfico de passageiros aumentará 5,3% por ano nesses 20 anos.