Economia

Petróleo fecha em alta em NY, sustentado por dólar fragilizado

Agência France-Presse
postado em 19/07/2010 16:32
Os preços do petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira (19/7), impulsionados pela queda do dólar e pelo avanço dos índices de Wall Street, que permitiram ao barril de referência fechar acima de US$ 76.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em agosto fechou em US$ 76,54, em alta de 53 centavos em relação à sexta-feira.

"As coisas estiveram bastante calmas no mercado petroleiro", constatou Adam Sieminski, do Deutsche Bank, afirmando que finalmente o barril subiu, seguindo a tendência do mercado de ações, que tinha leve alta e era favorecido por um dólar em queda.

"Depois de toda a volatilidade da semana passada, os investidores recuperaram o alento", destacou Sieminski. "Hoje, todo mundo parece observar, no lugar de agir".

Depois de uma semana de altos e baixos, o barril de WTI fechou quase estável na sexta-feira em relação à semana anterior. Nesta semana, iniciou no mesmo esquema, abrindo em baixa, mas subindo para perto de US$ 78 na sessão, para fechar com ganhos relativamente sólidos.

"Por um lado, os indicadores econômicos são frágeis, empurrando o mercado para baixo. Por outro lado, o mercado se inquieta com as tempestades" que provavelmente serão formadas no Golfo do México, ameaçando a produção em uma região já fragilizada, explicou Phil Flynn, da PFG Best Research.

Depois de dados decepcionantes sobre a atividade industrial nos Estados Unidos publicados na semana passada, o contexto macroeconômico limitava o avanço do mercado.

O otimismo dos profissionais da construção especializados no setor imobiliário residencial caiu em julho ao nível mais baixo desde abril de 2009, segundo cifras publicadas nesta segunda-feira.

De todas as formas, os investidores mantinham a atenção na formação de tempestades tropicais no Golfo do México, que poderão danificar as instalações do sul dos Estados Unidos, afirmou Phil Flynn. O risco de se transformarem em um furacão nos próximos dois dias seria, no entanto, muito baixo no momento, segundo os serviços meteorológicos americanos.

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