Agência France-Presse
postado em 20/07/2010 18:16
Os preços do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (20/7) em Londres e Nova York, onde foi registrada mais uma sessão hesitante, antecipando uma nova redução das reservas nos Estados Unidos e a possível formação de uma tempestade tropical.No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em agosto fechou em US$ 77,44, em alta de 90 centavos na comparação com a segunda-feira, com um volume limitado de operações, no último dia de cotação.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em setembro ganhou 60 centavos, a US$ 76,22.
"Os indicadores econômicos desta manhã foram mistos e o mercado de ações finalmente subiu. Mas o elemento mais importante é a antecipação de uma nova queda dos estoques de petróleo", explicou Jason Schenker, da Prestige Economics.
O mercado tinha aberto no vermelho, decepcionado por "certos resultados de empresas, particularmente por volumes de negócios em baixa e previsões de vendas em queda", segundo Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.
Com efeito, o grupo de informática IBM e o banco Goldman Sachs registraram uma desaceleração dos lucros no segundo trimestre. A isso se somou antes da abertura os dados do setor imobiliário nos Estados Unidos, que davam conta de uma queda no início de construções de moradias em junho, pelo segundo mês consecutivo.
No entanto, o número de permissões fechadas para construção, que permitem uma perspectiva de curto prazo para o setor, aumentou inesperadamente, atenuando o efeito de outro indicador imobiliário.
Por outro lado, os investidores começaram a se posicionar antes da publicação na quarta-feira do relatório semanal sobre reservas petroleiras nos Estados Unidos. Segundo as estimativas dos analistas consultados pela agência Dow Jones Newswire, as reservas de petróleo caíram 1,1 milhão de barris na semana passada.
Além disso, preocupa os investidores a evolução de uma tempestade tropical na costa da ilha La Española, dividida por Haiti e República Dominicana, no Caribe.
Segundo os serviços meteorológicos americanos, há 60% de chances de que se transforme em um ciclone nas próximas 48 horas. O mercado acompanha de perto sua trajetória, temendo que se oriente para o Golfo do México, onde estão cerca de 30% da produção de petróleo americana.