Economia

Cai a confiança dos industriais brasileiros no futuro da economia

postado em 21/07/2010 15:59
A redução do ritmo de crescimento da indústria fez o otimismo dos empresários brasileiros cair para o menor nível desde outubro do ano passado. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado nesta quarta-feira (21/7) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu de 66 pontos em junho para 63,4 pontos este mês.

Em relação a janeiro, o índice de julho caiu 5,3 pontos. Apesar da queda, o empresariado permanece otimista com a economia brasileira. Isso porque valores acima de 50 pontos indicam confiança na atividade econômica. O indicador varia de zero a 100 pontos.

De acordo com a CNI, a queda nas expectativas reflete a desaceleração da indústria registrada no fim do primeiro semestre. Depois de iniciar o ano com crescimento recorde, a atividade industrial caiu em abril e subiu moderadamente em maio, segundo os dados mais recentes da confederação.

A entidade prevê que o Icei deve cair ainda mais nos próximos meses e se estabilizar, até o fim do ano, em 62 pontos, média registrada no segundo semestre de 2008, antes do início da crise econômica internacional. Para que essa estimativa de confirme, no entanto, a CNI aponta que a política econômica não deve mudar, mantendo a trajetória de crescimento e a recuperação no mercado externo.

A pesquisa analisou 26 setores da indústria. Desse total, 21 apresentaram queda da confiança dos empresários em julho. As maiores reduções foram registradas nas indústrias de couros e artefatos, papel e celulose, edição e impressão, química, limpeza e perfumaria e metalurgia básica.

O levantamento também constatou que a queda foi maior entre os pequenos industriais, cujo otimismo caiu de 64,6 pontos em junho para 61,7 pontos em julho. Em relação à expectativa para os próximos seis meses, o indicador caiu de 68,6 para 66,4 pontos no período. Isso indica que a confiança na economia persiste, mas de maneira menos intensa que nos meses anteriores.

Para fazer o levantamento, a CNI pesquisou 1.673 empresas em 24 estados e no Distrito Federal, entre 30 de junho e 20 de julho.

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