postado em 27/07/2010 18:16
O presidente do Conselho de Administração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Antonio Machado, defendeu hoje (27/7) a integração energética da América Latina, ao participar do Seminário Internacional de Integração Energética Brasil-Bolívia. O evento é promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro.;O Brasil tem hoje um modelo de suprimento energético que não tem igual no mundo. Com o regime de leilões, nós, de certa forma, descobrimos o ovo de Colombo;, disse Machado. Ele explicou que isso significa que o Brasil conseguiu montar um modelo energético que traz pouco risco aos empreendedores e garante receita por um longo período.
Conforme Machado, saber os preços médios dos leilões de energia com antecedência de cinco anos, permite às empresas fazer o planejamento ;É muito importante para o setor de energia elétrica, em que o produto não é estocável, saber em cinco anos qual é a disponibilidade;.
O presidente do Conselho de Administração da CCEE recordou, no entanto, que a Europa, que começou a integração dos mercados energéticos em 2005, ainda não conseguiu fazer um mercado único, devido a problemas de preço e co-gestão.
Atualmente, o Brasil exporta 2 mil megawatts (MW) de energia para a Argentina, que repassa até 500 MW para o Uruguai. ;Isso significou para o Uruguai quase a metade do suprimento em alguns meses, de 2008 para cá;. Diretamente, o Brasil exporta para o mercado uruguaio 70 MW. Para a Bolívia, a exportação brasileira de energia é de apenas 0,6 MW, ou o equivalente a 600 quilowatts (kW).