Agência France-Presse
postado em 30/07/2010 15:29
O Fundo Monetário Internacional (FMI) cumprimentou hoje (30/7), no relatório anual sobre a Espanha, as reformas iniciadas pelo país, mas advertiu que a recuperação econômica será "frágil", baixando a previsão de crescimento em 2011 para 0,6% contra 0,9% anteriormente."O ajuste necessário está em andamento", afirmou o FMI, que pediu nos últimos meses ao governo espanhol instaurar essas reformas. "Os desequilíbrios acumulados durante os anos de crescimento começaram a se reduzir", observou o FMI.
"A perspectiva de crescimento continua, no entanto, sem mudanças devido às condições instáveis do mercado financeiro e de um mercado doméstico frágil", completou.
O FMI continua estimando um crescimento negativo para 2010 de 0,4% e baixou as previsões para 2011, prognosticando agora um crescimento do PIB de 0,6% contra 0,9% na última projeção de abril.
O governo espanhol espera uma contração do PIB de 0,3% em 2010 e posteriormente um forte crescimento de 1,3% em 2011.
O chefe do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, previu um panorama econômico ainda difícil na Espanha nos próximos meses, com orçamentos para 2011 "restritivos e austeros" e uma queda "lenta" no desemprego, que supera os 20% da população ativa.
"Temos uma taxa de desemprego muito alta", afirmou Zapatero durante uma coletiva de imprensa para fazer um balanço da gestão de governo no primeiro semestre de 2010, depois de ser divulgada nesta sexta-feira que o desemprego ficou em 20,09% no fim de junho.
"O desemprego é a grande questão pendente", afirmou o chefe do governo espanhol, antes de anunciar que nos próximos meses "o governo quer introduzir mudanças na política de emprego" e fazer uma "reforma profunda para casar a demanda e a oferta de postos de trabalho".
"Os diretores (do FMI) cumprimentam as respostas decisivas das autoridades às turbulências do mercado financeiro e as recentes reformas para restaurar a confiança do mercado e reforçar o início de um retorno ao equilíbrio econômico", escreveu a instituição no relatório.
Segundo o FMI, "as autoridades espanholas tomaram as medidas corretivas necessárias", em especial no que concerne as reformas do sistema bancário ou trabalhista, mas "devem ser preparadas medidas adicionais".