Agência France-Presse
postado em 02/08/2010 11:36
O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, reiterou hoje (2/8) que está otimista com o crescimento da economia dos Estados Unidos que, apesar de moderado, será impulsionado pelas empresas e os gastos das famílias.De acordo com Bernanke, basicamente a crise financeira ficou para trás, mas ainda resta "percorrer um longo caminho para a economia se restabelecer completamente".
Quando o apoio das autoridades chegar ao fim nos próximos meses, "o crescimento deverá ser sustentado por uma alta da demanda dos lares e das empresas", acrescentou o chefe do Fed, que teve trechos do discurso repassados à imprensa.
"Depois de uma queda vertiginosa no fim de 2008 e início de 2009, a economia dos Estados Unidos se estabilizou em meados do ano passado e cresce desde então em um ritmo moderado", declarou Bernanke em um discurso pronunciado na Carolina do Sul. Segundo ele, muitos americanos ainda lutam contra o desemprego, as execuções judiciárias das hipotecas relativas à compra da casa própria e a perda das economias.
Bernanke fez essas declarações três dias depois da publicação dos dados oficiais do PIB americano, dando conta de uma nítida desaceleração do crescimento no primeiro trimestre e mostrando que a recessão de 2007-2009 foi mais forte do que se pensava.
Ele insistiu em que a conjuntura financeira "converteu-se recentemente em menos favorável que antes para o crescimento", pela situação na Europa em particular e porque o crescimento do emprego na rede privada é "insuficiente" para pemitir uma redução real da taxa de desocupação (9,5% no final de maio). "A lentidão da recuperação do mercado de trabalho e a incerteza que as perspectivas de emprego geram nos lares pesam sobre a confiança e gastos", disse.