postado em 05/08/2010 09:11
Rio de Janeiro - A Caixa Econômica Federal renovou ou liquidou 4.977 contratos durante leilão de jóias no estado do Rio. O pregão recebeu 19.722 lances, vendendo 1.962 lotes do total de 7.340 ofertados.Os lotes se referiam a contratos de penhor vencidos há mais de 30 dias, cujos proprietários estavam inadimplentes com a instituição. Os contratos eram provenientes de 25 agências da Caixa no estado.
Uma das mutuárias do sistema de penhor da Caixa, Magali Marques, conseguiu renovar o contrato, evitando que suas jóias fossem vendidas a terceiros. Ela defendeu o penhor como o sistema de empréstimo mais fácil para os brasileiros.
;Há anos que eu faço isso, porque os juros são mais baixos. E tem um detalhe: ele dá o dinheiro na hora. Então, fica muito mais fácil. Eu coloco, tiro. E quando esqueço alguma coisa e vai a leilão, eles me ligam ou mandam carta e eu corro lá [para renovar]. Então, para mim, é muito melhor;, disse Magali.
A regularização dos contratos pode ser feita, inclusive, no momento do leilão. Segundo informação da assessoria de imprensa da Superintendência Regional da Caixa no Rio, já foram realizados até agora no estado sete leilões de jóias.
As seis operações anteriores envolveram 61.884 contratos. Os lotes expostos totalizaram 23.007. Foram renovados ou liquidados 40.904 contratos e vendidos 17.121. Por questões de segurança, diante do número crescente de roubos a joalherias, a direção da Caixa optou por não revelar o montante arrecadado nos leilões.
Informou, porém, por meio da assessoria, que de 100% dos contratos do penhor, 96% costumam ser resgatados e 4% vão para os leilões. O dinheiro arrecadado é aplicado no aumento da oferta de recursos para empréstimos.
O penhor é considerado a forma mais popular de crédito devido à agilidade na obtenção do empréstimo e aos juros reduzidos. Os prazos de contratação do empréstimo vão até 180 dias, com opção de renovação. O limite mínimo para empréstimos é de R$ 50,00 por cliente e o máximo de R$ 100,00. Não é exigida ficha cadastral, nem apresentação de avalista. A própria jóia funciona como garantia do empréstimo, que corresponde a 85% do bem penhorado.