Jornal Correio Braziliense

Economia

Correios adiam prova

Os mais de 1 milhão de inscritos no concurso dos Correios ganharam mais tempo para estudar. A data da prova para o concurso que irá preencher 6.565 vagas foi adiada, segundo a estatal, por questões de segurança e logística. Originalmente, o certame estava marcado para 19 de setembro. Agora, deve ocorrer em 21 de novembro, mas a confirmação será anunciada somente na segunda-feira. A decisão é mais um capítulo na novela que se arrasta por mais de seis meses em meio a indefinições que influenciaram a demissão do ex-presidente da companhia Carlos Henrique Custódio. O novo dirigente, David José de Matos, preferiu ganhar tempo e corrigir eventuais brechas na organização.

Em virtude das recentes denúncias de fraudes desencadeadas pela Operação Tormenta, da Polícia Federal, um novo esquema de segurança será montado, não só para a hora dos exames, mas também para o transporte das avaliações. Matos determinou ainda que sejam contratados 4 mil funcionários provisórios no final do ano, uma medida para reforçar a equipe da estatal. Representantes dos Correios se reunirão com técnicos da Cesgranrio, organizadora do concurso, para confirmar a nova data do certame. Os salários oferecidos pela empresa vão de R$ 706 a R$ 3,1 mil.

Fiocruz
No começo de julho, a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) chegou a enviar carta aos Correios, solicitando esclarecimentos sobre a data de aplicação das provas e a organizadora do concurso, já que, apesar de o edital ter sido publicado em dezembro de 2009, essa questão ainda não havia sido respondida.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também avançou na organização de seu processo seletivo. Divulgou ontem a distribuição das 850 vagas de nível médio e superior que serão preenchidas por meio de concurso. Em Brasília, serão 12 oportunidades. O edital será publicado este mês. Os salários variam de R$ 1,6 mil a R$ 5,5 mil. A maior parte dos postos (730) será para o Rio de Janeiro. Em seguida, virão Minas Gerais (23), Pernambuco (15) e Bahia (14).

O Diário Oficial da União publicará hoje a correção do anúncio de que o Ministério do Planejamento teria autorizado a criação de 120 novas vagas para a Advocacia-Geral da União (AGU). Na verdade, a autorização foi para nomear os candidatos aprovados no último concurso público, que teve o resultado homologado antes do prazo limite imposto pela legislação eleitoral. Assim, o órgão pode contratar os funcionários a qualquer momento, independentemente das eleições.