Economia

Representantes dos produtores de tabaco discutem problemas do setor

postado em 06/08/2010 16:00
Representantes dos produtores de tabaco do país discutem, em seminário organizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), os problemas de saúde, de sustentabilidade e financeiros do setor. Também está em discussão a adequação dessa cadeia produtiva às normas estabelecidas pela Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, tratado de saúde pública internacional da Organização Mundial de Saúde (OMS) da qual o Brasil foi o centésimo país a ratificar, em 2005. O marco foi elaborado por causa dos problemas de saúde gerados no cultivo do fumo, cujas folhas podem contaminar o agricultor.

As conclusões do seminário serão levadas pelo Brasil à 4; Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da OMS, que reunirá 168 países, em novembro, no Uruguai. O setor fumageiro está incluído, desde 2008, no Plano Plurianual de Investimentos, para fomento ao desenvolvimento rural sustentável dessas lavouras. O comitê gestor do programa, formado por organizações do governo e da sociedade civil, avalia que há demandas das famílias de agricultores que não estão sendo atendidas do ponto de vista financeiro e também veem deficiências na estrutura do programa em relação aos interesses dos fumicultores, de acordo com documento distribuído durante o encontro.

Para o secretário de Desenvolvimento da Produção, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Afonso Celso, é preciso tomar cuidado para que essa cadeia produtiva não se rompa, uma vez que ela é representada por pequenos agricultores. Os trabalhadores envolvidos nessa área, da lavoura à indústria, somam 1,3 milhão de pessoas. A renda do setor, conforme destacou, oscila anualmente entre US$ 800 a US$ 900 milhões.

O secretário de Produção Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Newton Tapias, lembrou que o ministério tem inúmeras câmaras setoriais e que o setor produtivo deve procurar as oportunidades que são oferecidas.

O professor gaúcho Sergio Schneider disse que o Brasil tem um protagonismo importante no setor fumageiro mundial e, no entanto, há escassez de informações que envolvem saúde, questão social e financeira para as pessoas que trabalham nessa área. Ele lembrou que na lavoura canavieira cerca de 70% a 80% dos trabalhadores são afetados pela queima depois da colheita da cana.

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