postado em 11/08/2010 19:38
A taxa de desemprego entre os jovens em todo o mundo aumentou para 13% em 2009, o que representa 81 milhões de pessoas economicamente ativas desempregadas de acordo com relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), denominado Tendências Mundiais de Emprego para a Juventude 2010, divulgado hoje (11/8).A organização afirma que essa é a maior taxa de desemprego entre pessoas de 15 a 24 anos desde 2007, quando o número chegou a 73,2 milhões. Entre 2008 e 2009, a taxa de desemprego entre os jovens aumentou 1 ponto percentual, a maior variação anual registrada nos 20 anos de estimativas da organização.
Segundo o relatório, os mais afetados são os jovens que vivem em países em desenvolvimento. Isso porque eles são os mais vulneráveis ao subemprego e à pobreza. O relatório diz ainda que nos países de baixa renda o impacto da crise é mais sentido pela redução das horas trabalhadas e pela redução dos salários daqueles que têm emprego assalariado.
A América Latina e o Caribe, segundo o estudo, têm passado por um crescimento significativo do desemprego, principalmente porque a estrutura do mercado de trabalho é ligada a economias desenvolvidas. Nessas regiões também houve um aumento do emprego vulnerável e dos empregos informais entre 2008 e 2009, quando o número de trabalhadores por conta própria aumentou 1,7 ponto percentual e o número de trabalhadores informais aumentou 3,8 pontos percentuais.
Entre as regiões em desenvolvimento, a taxa de desemprego dos jovens aumentou no Oriente Médio (0,4 ponto percentual), Norte de África (0,4), África Subsaariana (0,1), e diminuiu ligeiramente no Sudeste da Ásia e Pacífico (-0,1).
Na União Européia e nos países desenvolvidos a taxa de desemprego registrada no ano passado foi de 17%, a maior desde 1991, quando as estimativas regionais começaram a ser medidas. Os impactos da crise foram sentidos por um aumento do emprego vulnerável e no setor informal. O relatório afirma que grande parte dos jovens de países desenvolvidos têm dificuldades para encontrar empregos assalariados e preferem procurar trabalho informal ou acabam contribuindo no trabalho familiar.
Segundo o relatório, há uma correlação entre as taxas de desemprego mais baixas e maiores taxas de emprego vulnerável em todas as regiões do mundo devido à falta de redes de segurança social, como subsídios de desemprego nos países de baixa renda.
O relatório foi divulgado hoje para coincidir com o lançamento do Ano da Juventude da Organização das Nações Unidas (ONU) comemorado em 12 de agosto.