Vânia Cristino/ Especial Estado de Minas
postado em 12/08/2010 07:14
A economia brasileira desacelerou, mas continua crescendo, de acordo com o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), um indicador criado para tentar antecipar a tendência de comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A atividade econômica expandiu-se em 1,32% no segundo trimestre do ano em relação ao trimestre anterior, quando o indicador apontou para um crescimento de 2,45%. No semestre, os dados do BC mostraram avanço de 9,96%.Segundo o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, o comportamento do índice é mais uma sinalização de que, para frear o ritmo de crescimento, o Comitê de Política Monetária (Copom) vai ter que promover mais um pequeno ajuste na taxa de juros na reunião de setembro. ;Há chance de mais uma alta de 0,25 ponto percentual;, observou. A taxa Selic se encontra em 10,75% ao ano. Para Velho, a desaceleração na média do segundo trimestre frente ao primeiro não foi nenhuma surpresa. ;A base de comparação era muito elevada;, explicou.
Ele está convencido de que o ciclo econômico ainda é de crescimento, um pouco menor, é verdade, mas com viés de alta para o terceiro trimestre. Para corroborar essa tese, o economista cita os indicadores do mercado de trabalho industrial, recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que voltaram a apresentar crescimento na série dessazonalizada de maio para junho. Pelo IBC-Br, o crescimento de maio para junho foi pequeno, de 0,02%.
O IBC-Br é medido mensalmente pelo BC com base nas estatísticas de vários setores da economia disponíveis no momento e mostra grande proximidade com os números oficiais do IBGE para o PIB. O índice é também um dos indicadores avaliados pelo Copom para definir a taxa básica de juros.