Agência France-Presse
postado em 12/08/2010 14:10
O número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos deu um salto inesperado na última semana, atingindo o maior nível em aproximadamente seis meses, informou o governo nesta quinta-feira, alimentando temores de que o mercado de trabalho esteja servindo de obstáculo a uma plena recuperação da economia.A quantidade de americanos a solicitar o benefício chegou a 484.000 na semana encerrada no dia 7 de agosto, 2.000 a mais que o registrado na semana anterior (482.000).
O resultado está bem acima dos 465.000 que a maioria dos economistas esperava.
"O fato de os pedidos de seguro-desemprego não terem caído na última semana foi uma decepção e pode apontar para um novo enfraquecimento do mercado de trabalho", alertou Andrew Gledhill, analista do Moody;s.
A média de pedidos das últimas quatro semanas, indicador menos volátil do que os dados calculados semanalmente, subiu para 473.000, um aumento de 14.250 em relação aos números do período anterior (459.250).
Os últimos dados, no entanto, mostram uma diminuição do total de americanos que atualmente recebem o benefício.
O número de desempregados recebendo auxílio do governo durante a semana encerrada em 31 de julho foi de 4,452 milhões, uma baixa de 118.000 em relação aos 4,57 milhões da semana anterior.
O desemprego continua sendo um problema chave para a recuperação econômica dos Estados Unidos.
O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) advertiu no início da semana que a recuperação seria "mais modesta" que o esperado, e que o crescimento deminuiu nos últimos meses.
Em um esforço para estimular a confiança dos mercados, o Fed anunciou a volta dos gastos destinados à recuperação da época da crise. Esta mudança de política, no entanto, foi vista mais como uma revelação das enormes preocupações do banco central.
O desemprego é a maior preocupação do presidente Barack Obama neste momento.