Economia

Brasil e Argentina querem reduzir problemas no comércio no setor de autopeças

postado em 12/08/2010 15:48
O setor de autopeças é a principal preocupação do Brasil e da Argentina nas reuniões do Comitê de Monitoramento sobre Comércio Bilateral, que ocorrem ontem e hoje (12/8), no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em Brasília. Os dois países querem corrigir distorções como o chamado desvio de comércio, em que produtos comercializados entre eles são desmontados e remontados em outros mercados, ou ainda recebem certificado de origem falsa.

Segundo o secretário de Comércio Exterior do ministério, Welber Barral, um aspecto positivo nas negociações entre o Brasil e a Argentina é o aumento do uso de moeda local, ;que está sendo importante, principalmente para as pequenas empresas do comércio bilateral;.

De acordo com o secretário, na comparação com a agenda do ano passado, há um baixo número de temas controversos na pauta de discussões, ;o que nos deu mais tempo para trabalhar as ações de integração produtiva e o aumento da integração econômica entre os dois países;. Como exemplo, Barral citou o interesse do governo argentino na revisão do protocolo de compras governamentais para poder ampliar esse intercâmbio.

O assunto foi debatido na reunião do Comitê Automotivo Brasil-Argentina, que também ocorre hoje. Em entrevista coletiva no ministério, Barral e o secretário de Indústria e Comércio da Argentina, Eduardo Bianchi, falaram sobre as medidas que pretendem tomar para corrigir o problema. Entre elas está a busca por acordos que envolvem vários países.

Apesar do problema com o setor de autopeças, o comércio bilateral vem aumentando e pode bater o recorde em 2010. Nos primeiros sete meses deste ano, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) entre o Brasil e a Argentina totalizou US$ 17,4 bilhões e superou os US$ 12 bilhões registrados de janeiro a julho de 2009, com aumento de 45,5%. Assim, o intercâmbio comercial pode ultrapassar, até o fim do ano, os US$ 30,8 bilhões registrados em 2008, atual recorde no comércio bilateral.

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