Economia

Wall Street fecha em baixa pela terceira sessão consecutiva

Agência France-Presse
postado em 12/08/2010 18:35
A Bolsa de Nova Iorque fechou em baixa pela terceira sessão consecutiva hoje (12/8), afetada principalmente por um indicador decepcionante sobre emprego nos Estados Unidos. O Dow Jones perdeu 0,57%, e o Nasdaq, 0,83%.

Segundo dados definitivos de fechamento, o Dow Jones Industrial Average caiu 58,88 pontos, a 10.319,95 pontos, e a bolsa eletrônica Nasdaq caiu 18,36 pontos, a 2.190,27 pontos.

O índice ampliado Standard & Poor;s 500 baixou 0,54% (5,86 pontos), a 1.083,61 pontos. "As notícias são negativas, de forma uniforme", resumiu Mace Blicksilver, da Marblehead Asset Management.

As novas solicitações de seguro-desemprego subiram ao nível mais alto desde fevereiro nos Estados Unidos, a 484.000 em uma semana, quando os analistas esperavam uma queda.

Essas cifras "completam-se à decepção inspirada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que não adotou medidas mais fortes para combater a deflação" na reunião da útima terça-feira, disse Marc Pado, da Cantor Fitzgerald.

"Se olhamos o que podemos esperar em agosto e em setembro, com a temporada de balanços encerrada, os dados (mensais) de emprego foram ruins, as cifras do mercado imobiliário também serão, provavelmente, porque as medidas de reativação expiraram", explicou. "Se não há nenhuma razão para ser positivo, podemos esperar que o mercado caia", completou.

Os investidores também não gostaram muito dos comentários muito prudentes do fabricante de equipamentos de telecomunicação Cisco (-9,99%), que constata uma "incerteza inabitual", afirmando que os clientes resistem em gastar.

"Aparentemente, estamos nos deslizando para uma deflação à la japonesa", advertiu Mace Blicksilver. "Essa ideia de que o mercado deve subir porque as taxas estão muito baixas é suspeita."

No mercado obrigatório, o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subia 2,735% contra 2,685% na noite de ontem, e os títulos de 30 anos, a 3,931% contra 3,921%. O rendimento das obrigações evolui no sentido oposto aos preços.

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