Agência France-Presse
postado em 17/08/2010 17:07
Um dos dirigentes do banco central americano (Fed), Narayana Kocherlakota, confessou nesta terça-feira (17/8) uma certa impotência ante a persistência do desemprego, prevenindo que a instituição não poderia dar emprego a todos."É difícil conceber o que o Fed pode fazer mais para resolver este problema", disse num discurso o presidente do Fed de Minneapolis (Minnesota, norte).
"A retomada monetária trouxe condições para as fábricas contratarem novos operários. Mas o Fed não tem os meios de transformar os BTP (disponíveis no mercado de trabalho) em operários da indústria", lamentou Kocherlakota a dirigentes de empresas em Marquette (Michigan, norte), segundo o texto de seu pronunciamento transmitido à imprensa em Washington.
Explicou que embora preveja uma aceleração do crescimento até o final de 2010 e em 2011, "a falta de vitalidade do mercado de trabalho nos Estados Unidos não pode ser classificado, senão, de preocupante".
"As empresas têm empregos, mas não conseguem encontrar trabalhadores qualificados. Estes querem trabalhar, mas não encontram empregos que lhes convenham", lamenta Kocherlakota.
"Tendo em vista os problemas estruturais do mercado de trabalho, não prevejo uma redução rápida do desemprego. Minha própria previsão é de que a taxa ficará acima de 8% em 2012", contra 9,5% hoje, precisou.