postado em 21/08/2010 12:56
O governo americano calculou em 23 mil as perdas de empregos por uma moratória na perfuração em águas profundas, antes de tomar esta decisão, após o vazamento de petróleo no Golfo de México, noticiou este sábado o jornal de finanças Wall Street Journal.Documentos federais consultados pelo jornal econômico e apresentados esta semana a um tribunal de Nova Orleans (sul) mostram que funcionários governamentais avaliaram os custos econômicos e consideraram as alternativas, dando conta, assim, das deliberações realizadas.
A decisão de uma moratótia, tomada no âmbito da luta contra a maré negra no Golfo do México, causada pela explosão e o consecutivo naufrágio de uma plataforma da British Petroleum (BP), no fim de abril, foi tomada em 12 de julho, após a anulação de uma moratória anterior.
Os documentos demonstram que o chefe de regulação das perfurações, Michael Bromwich, informou ao secretário do Interior americano, Ken Salazar, que uma moratória de seis meses representaria "a perda de empregos diretos" para 9.450 pessoas e poderia afetar indiretamente outras 13.797, acrescentou o jornal.
Os documentos mostram, ainda, que um dos assessores da pasta estava preocupado, no fim de junho, com a cultura corporativa demasiadamente otimista da BP, acrescentou o jornal.
A decisão da moratória foi tomada, finalmente, porque a administração não confiava nos equipamentos de segurança no setor petroleiro, nem no processo de inspeção do governo, disse.
Muitas críticas contra a moratória, especialmente feitas por moradores e legisladores de Luisiana (sul), a consideram asfixiante para a economia local.