postado em 26/08/2010 12:52
Brasília - A meta intermediária de superávit primário do Governo Central foi alterada porque não estava adequada à programação feita mensalmente pelo governo, informou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. O Ministério da Fazenda divulgou nesta quinta-feira (26/8) o resultado de julho do setor, que trouxe uma redução de R$ 40 bilhões para R$ 30 bilhões na meta até o segundo quadrimestre do ano."Essa programação é feita mensalmente e isso vai mudando. No ano passado, nós fizemos mais de uma vez. Sem nenhum problema;, explicou o Augustin.
O resultado do superávit primário acumulado de janeiro a julho ficou em R$ 25,6 bilhões, superior em R$ 5,6 bilhões ao apurado no mesmo período de 2009. Para o ano, a meta foi elevada de R$ 75 bilhões para R$ 75,8 bilhões em função do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Isso obriga o Governo Central a fazer um superávit de mais R$ 50,2 bilhões até o final do ano para atingir a meta que em proporção ao PIB é de 2,15%.
;Nós vamos cumprir a meta. Os ajustes nós iremos fazendo ao longo do ano em função do PIB. No segundo semestre, a gente projeta um primário melhor. Vamos cumprir a meta [sem descontar os investimentos e sem Fundo Soberano]. Esperamos um superávit forte em agosto;, disse.
O secretário explicou ainda que as receitas e os investimentos mais fortes, no primeiro semestre, foram responsáveis pela queda na meta intermediária até o segundo quadrimestre. De acordo com dados divulgados por Arno Augustin, entre janeiro e julho de 2010, os investimentos do governo cresceram 67% em comparação ao mesmo período do ano passado. Até julho, foram R$ 25 bilhões contra R$ 15 bilhões no ano passado.
;Nós temos um crescimento bastante significativo dos investimentos neste ano. E houve um ritmo mais forte no primeiro semestre em função da própria natureza desses investimentos que foram alavancados no segundo semestre do ano passado e pagos no primeiro semestre de 2010;, enfatizou.
As despesas do Governo Central de janeiro a julho cresceram 4,1% em relação ao Produto Interno Bruto, sendo que as despesas com pessoal estão 4% abaixo do PIB nominal. Na avaliação de Arno Augustin, os dados reiteram que não há explosão de gastos pessoais.