postado em 26/08/2010 18:08
O consumo interno deve continuar a estimular o crescimento industrial, segundo o Indicador de Nível de Atividade (INA) de julho divulgado nesta quinta-feira (25/8) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).;A atividade permanecerá em alta porque o mercado mantém a oferta de crédito e há renda suficiente para sustentar o dinamismo ainda que de forma mais moderada (no segundo semestre);, declarou Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da entidade.
O diretor disse que o segundo trimestre deste ano foi um período de ;ressaca da festa ocorrida no primeiro trimestre;, referindo-se ao aquecimento de vendas e produção estimulado pelos incentivos fiscais. Francini ressaltou que o mercado interno sinaliza que continuará sendo o motor da atividade industrial.
O economista projeta um crescimento de 11% na atividade industrial paulista no encerramento de 2010 sobre o ano passado. A previsão indica um ritmo mais lento de agosto a dezembro já que até julho último, houve expansão de 12,7%.
Em julho o INA, que mede o desempenho de 17 setores, aumentou 2,6% sem ajuste sazonal sobre junho último e 7,2% na comparação com julho do ano passado. Apresentaram expansão os setores de alimentos e bebidas, petroquímicos, farmacêuticos, químicos e minerais não-metálicos.
Os dois últimos refletem a demanda por materiais de construção como cimento, no caso do setor de minerais não-metálicos e o consumo em expansão de fertilizantes para agricultura, no setor de químicos.
A pesquisa da Fiesp mostra ainda na comparação entre julho deste ano e julho de 2009 um aumento de 10% nas horas trabalhadas; de 5,7% no total de salários reais.
Francini esclareceu que as exportações para a América Latina têm crescido, especialmente, para a Argentina, grande cliente dos manufaturados brasileiros. Mas disse que ainda não foi recuperado o nível de vendas externas, que existia anteriormente à crise financeira internacional, para os Estados Unidos e Europa.