Agência France-Presse
postado em 26/08/2010 19:00
Os preços do petróleo confirmaram a recuperação nesta quinta-feira (26/8) em Londres e Nova Iorque, em um mercado sustentado por um indicador de emprego nos Estados Unidos que superou as previsões, e pelo enfraquecimento da moeda americana.No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em outubro fechou em US$ 73,36, alta de 84 centavos em relação à ontem.
O WTI registra um aumento de US$ 1,73 em dois dias, depois de cair na sessão de ontem ao nível mais baixo em três meses.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte também com vencimento em outubro ganhou US$ 1,54, fechando em US$ 75,02.
"É a continuação da recuperação observada até o fim da sessão de ontem (quarta-feira). Houve muitas vendas no mercado, que precisava de uma retomada. (Os mercados) estão em convalescência depois de uma queda de cinco, seis dias", afirmou Tom Bentz, do BNP Paribas.
Segundo Adam Sieminski, do Deutsche Bank, vários fatores confluem. "Começamos o dia com os mercados de ações em alta e um dólar fragilizado", disse o analista.
O otimismo dos investidores foi sustentado por uma queda maior que o previsto das novas solicitações de seguro-desemprego na semana passada nos Estados Unidos.
Apesar de o fato de Wall Street estar operando em baixa no fechamento do mercado petroleiro nova-iorquino, o WTI manteve os ganhos.
"As reservas de petróleo de Cushing (principal terminal petroleiro americano situado em Oklahoma, sul) caíram, apesar do aumento dos estoques de petróleo em geral", observou Sieminski.
O relatório semanal sobre o nível de estoques em Estados Unidos teve como consequência um efeito limitado sobre o mercado, depois do anúncio de reservas em contínuo aumento.
No entanto, segundo Phil Flynn, do PFG Best Research, essas refletem "um retorno à recessão" da economia americana.
"O vigor dos preços (...) indica que a pressão à venda fragilizou-se no momento", disseram analistas da JPMorgan.
"Os operadores do mercado estão reticentes em vender" a preços que estão abaixo dos registrados desde outubro, "com exceção no pico nas vendas associado ao aprofundamento da crise dos mercados de dívida na Europa no fim de maio", disseram os analistas.