Agência France-Presse
postado em 01/09/2010 19:33
Nova Iorque - Os preços do petróleo se recuperaram nesta quarta-feira (1/9) em Londres e Nova York, apagando parte das perdas da véspera, graças a indicadores mais tranquilizadores e uma queda dos estoques de produtos petroleiros nos Estados Unidos.No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em outubro fechou em US$ 73,91, alta de US$ 1,99 em relação a ontem.
No InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte com igual vencimento ganhou US$ 1,71, a US$ 76,35.
"A fragilidade do dólar e as mudanças inesperadas nas reservas de produtos petroleiros impulsionaram a alta", explicou Jason Schenker, da Prestige Economics.
O relatório semanal sobre estoques de petróleo nos Estados Unidos, publicado nesta quarta-feira, mostrou que as reservas de gasolina caíram em 200 mil barris, em acordo com as previsões dos analistas consultados pela agência Dow Jones Newswire. Mas contrariamente às previsões de uma alta de 1,1 milhão de barris, os estoques de produtos destilados caíram em 700 mil barris.
O maior otimismo dos investidores, por conta de indicadores melhores que o esperado no mundo, afetou o dólar, considerado um ativo de refúgio, e beneficiou as matérias-primas, cotadas na moeda americana.
A recuperação da atividade industrial na China, os dados de crescimento na Austrália (1,2% no segundo trimestre), a maior em três anos, já sustentavam o mercado antes da publicação dos dados de reservas.
Na zona do euro, o índice PMI industrial caiu menos que o previsto nos Estados Unidos, a atividade no setor industrial em agosto acelerou, segundo o índice ISM.
Todos os indicadores não superaram as previsões, e o mercado teve a desagradável surpresa de que o emprego privado perdeu 10 mil postos de trabalho em agosto, segundo o gabinete ADP, uma cifra ruim antes do esperado relatório mensal sobre o emprego, que será publicado na próxima sexta-feira.
Mas "o otimismo de início de mês, junto a cifras de emprego não tão ruins como se temia", sustentaram o mercado, afirmou Phil Flynn, da PFG Best Research.