Economia

Economia em expansão impulsiona as importações expressas

postado em 08/09/2010 08:38
O bom momento vivido pela economia nacional, com o real valorizado e o aumento de produção, tem feito com que o volume de remessas expressas vindas do exterior para o Brasil cresça. As aquisições de maquinário de outros países, por exemplo, tiveram um aumento de 14,6% no primeiro semestre deste ano, segundo a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Com isso, os negócios de companhias especializadas em logística têm sofrido um impacto positivo. A alemã DHL Express registrou um aumento de 18% de encomendas trazidas do estrangeiro em relação ao mesmo período do ano passado.

;O nosso negócio é um reflexo direto do atual período que atravessa a macroeconomia brasileira. Como a produção tem aumentado, a demanda pelo serviço de importação também cresce;, disse a gerente de marketing da companhia alemã, Juliana Vasconcelos, acrescentando que os principais países de origem das remessas são Estados Unidos, China e Alemanha. ;Os setores que mais importam são os de eletroeletrônico, têxtil, autopeças e química;, assinalou Juliana. A DHL Express espera que os pedidos que chegam do exterior ao país aumentem ainda mais o ritmo na segunda metade do ano, fazendo com que as importações de encomendas expressas fechem o ano com um crescimento de 25%.

A DHL Express registra aumento de 18% nas encomendas vindas de fora;Muitas empresas estão importando pela primeira vez e aproveitando o câmbio favorável para realizar investimentos. Cerca de 98% do volume total de serviços oferecidos são para fora do país ; em importação ou exportação;, afirmou Juliana, lembrando que o número de pequenas e médias empresas que passaram a importar equipamentos vem crescendo nos últimos anos. ;São negócios que estão reduzindo seus custos fixos ao optarem por não formar estoque;, contou a executiva.

A unidade brasileira da empresa de logística UPS também comemora o atual ambiente econômico favorável que vive o país e que tem gerado bons retornos nos serviços de encomendas do exterior. ;O poder de compra e a estabilidade econômica contribuíram para que o número de produtos importados crescesse no país, assim como as exportações;, afirmou o supervisor de Operações Aéreas da UPS do Brasil para América do Sul, Daniel Sousa. Apesar de não divulgar o balanço dos primeiros meses do ano da unidade nacional, Sousa admitiu que a conjuntura favorável tem sido bastante festejada pela empresa. ;Pelo momento atual, acreditamos que a tendência é que o volume de importações continue a crescer até o fim do ano;, disse.

Apoio
Animada com os números gerados por esse tipo de negócio, a alemã DHL lançou, no primeiro semestre do ano, um serviço focado exclusivamente em importação. O objetivo é estimular as encomendas de pacotes individuais que pesam até 70 quilos, como insumos, peças e equipamentos. Com isso, a companhia, que não conta com uma frota de aviões própria no país ; utiliza o espaço de carga de aviões de outras companhias ;, espera facilitar a vida de quem deseja trazer produtos do exterior para o país.

;Oferecemos todo um suporte para o desembaraço do processo alfandegário e a preparação dos documentos necessários para não comprometer o tempo de chegada do pedido até a empresa;, explicou Juliana. ;As grandes companhias que fazem importação geralmente têm suas próprias estruturas para lidar com esses desembaraços. No entanto, as pequenas e médias empresas sofrem com uma carência de informação sobre como se deve proceder para trazer equipamentos para o Brasil e é aí que ajudamos;, acrescentou.

GOOGLE TERÁ SERVIÇOS DE INTERNET EM TV
; O Google vai iniciar a oferta de um serviço para levar a internet para os televisores nos Estados Unidos nos próximos meses (outono no hemisfério Norte), com lançamento mundial no ano que vem. O presidente-executivo do Google, Eric Schmidt, afirmou que o serviço, que vai permitir a navegação completa de internet por meio da televisão, será gratuito, e o Google vai trabalhar com uma variedade de fabricantes de programas e de eletrônicos para disponibilizá-lo aos consumidores. ;Nós iremos trabalhar com provedores de conteúdo, mas é muito improvável que nós façamos produção de conteúdo;, disse Schmidt, que participou da feira de eletrônicos de consumo IFA, em Berlim. A Sony afirmou na semana passada que concordou em ter o Google TV em seus televisores, enquanto a Samsung disse que está estudando o serviço.

De olho no Brasil

Lisboa ; A portuguesa do setor de telecomunicações ONI, focada em mercados corporativos, está olhando oportunidades de aquisição de operadoras no Brasil para acelerar o seu crescimento, visando elevar a atual participação de 30% das receitas provenientes do exterior, disse o presidente da companhia.

;(No Brasil) temos estado permanentemente em conversas, mas não temos fechado acordos porque não tem havido convergência. O perfil que procuramos são empresas do segmento corporate, muito direcionadas ao IP (Internet Protocol), com receitas entre US$ 50 milhões e US$ 60 milhões;, disse Xavier Rodríguez-Martín, presidente da ONI.

O presidente explicou que a forma de prosseguir com a internacionalização irá variar conforme o mercado, sendo que na Espanha o crescimento será orgânico, enquanto no Brasil virá via fusões e aquisições.

Resultado
A ONI anunciou ontem que teve um lucro anual de 6 milhões de euros entre julho de 2009 e junho de 2010, contra ganhos de 7 milhões de euros um ano antes, resultado de maiores custos financeiros. Além disso, em 2008 e 2009 a empresa se beneficiou de ganhos extraordinários, explicou o executivo em entrevista à Reuters.

Neste período, a empresa aumentou a sua cota de mercado no setor corporate de Portugal de 21,6% para 23%. ;Acho que vamos chegar até os 25% no âmbito do nosso business plan até o ano fiscal de 2012;, sublinhou o presidente da ONI, acrescentando que, embora não seja estruturalmente fácil chegar aos 30% de participação de mercado, é possível que isso aconteça num horizonte de cinco anos.

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