Economia

Venda de veículos no Brasil deve dobrar em 15 anos, diz Miguel Jorge

postado em 10/09/2010 18:19
São Paulo ; O número de veículos vendidos anualmente no país deve dobrar até 2025. A previsão é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que participou nesta sexta-feira (10/9) da abertura do congresso anual da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), realizado em São Paulo.

O ministro disse que um estudo encomendado pelo governo federal aponta que, em 15 anos, serão comercializados, anualmente, no Brasil, 6,8 milhões de carros, motos, caminhões e tratores. Estimativas da Fenabrave apontam que, neste ano, serão 3,4 milhões.

Miguel Jorge afirmou que as demandas interna e externa de veículos impulsionarão o crescimento das vendas. Segundo ele, no Brasil e nos países que compõem o grupo dos Bric (Rússia, Índia, China, além do Brasil), a frota é composta por mais carros antigos do que em países desenvolvidos, e o índice de carros por habitante é menor.

;Cerca de 60% da frota do Brasil têm menos de dez anos de fabricação. No Japão, são 83%;, explicou Miguel Jorge. ;Os Bric também têm frotas velhas e, por isso, têm condição de puxar a demanda por automóveis.;

O ministro afirmou, entretanto, que a redução da carga tributária que incide sobre os veículos é vital para que montadoras brasileiras possam competir por esta demanda com fábricas de outros países. Ele afirmou que, no país, até 30% do preço de um carro são formados por impostos, o dobro da média mundial.

;Um veículo no Brasil pode custar o dobro do que custa na Índia, com um peso muito grande dos tributos nesta diferença;, declarou Miguel Jorge. Ainda, de acordo com ele, o número de vendas de veículos no país poderia ser, aproximadamente, 50% maior caso os impostos fossem menores e os juros dos financiamentos também.

;Nós aumentaríamos as vendas em cerca de 1,8 milhão de unidades se os impostos fossem reduzidos para algo como 16% e se os juros dos financiamentos caíssem de 24% para 16% ao ano.;

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação