Economia

América Latina precisa melhorar produtividade, diz Banco Mundial

Agência France-Presse
postado em 14/09/2010 16:01
Miami - A demanda de matérias-primas por parte dos mercados asiáticos colocou a América Latina diante de uma era de oportunidades e crescimento, mas os países da região devem melhorar a produtividade e os investimentos em inovação, disse nesta terça-feira (14/9) uma especialista do Banco Mundial.

"Entre todas as regiões emergentes, a força da recuperação na América Latina apenas se vê superada pela Ásia", disse Pamela Fox, vice-presidente para América Latina e Caribe do Banco Mundial, durante conferência em Miami sobre a situação econômica, política e social das Américas.

A sólida retomada pós-crise da América Latina foi impulsionada pela demanda por matérias-primas provenientes da China e outros mercados emergentes, informou.

"Olhando para o futuro, a América Latina provavelmente continuará beneficiando-se significativamente do fato de ser o celeiro e a mina do restante do mundo", disse Fox.

"Apesar de ter registrado a pior crise econômica mundial nos anos 1970, a região está crescendo de forma sólida", disse Cox, que completou que os prognósticos mais recentes indicam que o crescimento alcançará a marca de 5,1% este ano, perdendo apenas das marcas registradas entre 2004 e 2008, em momentos de grande desempenho.

No entanto, a funcionária destacou que a América Latina ainda tem dificuldades para fazer do investimento em inovação uma prioridade, e para produzir bens e prestar serviços de forma mais eficiente, aspectos que representam uma trava para impulsionar o progresso e fincar uma base para a prosperidade futura.

"Nos últimos 40 anos, a taxa de crescimento da produtividade regional foi a mais baixa do mundo", completou.

Para conseguir uma melhora nesse setor, a América Latina e o Caribe devem conseguir desde reformas burocráticas e legislativas que facilitem o funcionamento das empresas, até investimentos em desenvolvimento de infraestrutura e modernização alfandegária, segundo o Banco Mundial.

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